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Foco
Venezuelano com nome de alemão, Breitner, 19, é o novo menino da Vila
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Em 1999, Joaquim Roberto da Silva cumpriu a promessa feita ao filho e o trouxe para o Brasil. Overath
Breitner, então com nove
anos, foi deixado no país sob
os cuidados do ex-jogador
Paulo César Carpegiani.
O garoto, que carrega o nome em homenagem a Wolfgang Overath e Paul Breitner, dois jogadores da seleção alemã dos anos 70, dava
início ao plano de se tornar
um jogador de futebol.
Da Silva, que se mudou para a Venezuela com 17 anos
para jogar futebol, voltou ao
país onde morava com a mulher e o outro filho, Roberto
Prosinecki -assim chamado
em homenagem ao jogador
croata Robert Prosinecki.
O outro filho ficou no Brasil. "Fiquei mais ou menos
um ano em Porto Alegre sozinho. Foi duro, mas sempre
quis ser jogador", diz Breitner, 19, recém-promovido ao
time principal do Santos.
No clube, o garoto tem a
confiança do técnico Márcio
Fernandes, que foi seu treinador no time de juniores.
"Gosto muito dele. No ano
passado, ele era o armador
do time", diz o treinador.
Das dificuldades no país,
como aprender a escrever
em português (ele foi alfabetizado em espanhol), Breitner se lembra com orgulho.
"Só tive vontade de desistir uma vez. Mas as pessoas
que estavam perto de mim
me convenceram de que eu
tinha potencial", conta.
Do RS Futebol Clube ele
foi para o Inter e há três anos
atua pelo Santos.
Breitner, que já defendeu a
seleção sub-20 da Venezuela, recusara anteriormente
convocações para os times
sub-15 e sub-17. Temia não
poder jogar pelo Brasil se
aceitasse o convite.
Depois, descobriu que poderia atuar nas seleções de
base da Venezuela e jogar no
time principal do Brasil.
"Se eu for convocado pela
[equipe] principal da Venezuela, não vou aceitar. Meu
sonho é jogar pelo Brasil."
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