São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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Foco

Venezuelano com nome de alemão, Breitner, 19, é o novo menino da Vila

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Em 1999, Joaquim Roberto da Silva cumpriu a promessa feita ao filho e o trouxe para o Brasil. Overath Breitner, então com nove anos, foi deixado no país sob os cuidados do ex-jogador Paulo César Carpegiani.
O garoto, que carrega o nome em homenagem a Wolfgang Overath e Paul Breitner, dois jogadores da seleção alemã dos anos 70, dava início ao plano de se tornar um jogador de futebol.
Da Silva, que se mudou para a Venezuela com 17 anos para jogar futebol, voltou ao país onde morava com a mulher e o outro filho, Roberto Prosinecki -assim chamado em homenagem ao jogador croata Robert Prosinecki.
O outro filho ficou no Brasil. "Fiquei mais ou menos um ano em Porto Alegre sozinho. Foi duro, mas sempre quis ser jogador", diz Breitner, 19, recém-promovido ao time principal do Santos.
No clube, o garoto tem a confiança do técnico Márcio Fernandes, que foi seu treinador no time de juniores.
"Gosto muito dele. No ano passado, ele era o armador do time", diz o treinador.
Das dificuldades no país, como aprender a escrever em português (ele foi alfabetizado em espanhol), Breitner se lembra com orgulho.
"Só tive vontade de desistir uma vez. Mas as pessoas que estavam perto de mim me convenceram de que eu tinha potencial", conta.
Do RS Futebol Clube ele foi para o Inter e há três anos atua pelo Santos.
Breitner, que já defendeu a seleção sub-20 da Venezuela, recusara anteriormente convocações para os times sub-15 e sub-17. Temia não poder jogar pelo Brasil se aceitasse o convite.
Depois, descobriu que poderia atuar nas seleções de base da Venezuela e jogar no time principal do Brasil.
"Se eu for convocado pela [equipe] principal da Venezuela, não vou aceitar. Meu sonho é jogar pelo Brasil."


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