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AÇÃO
Churrasco e chimarrão
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
O surfe está próximo de
completar 50 anos de vida
ativa em águas brasileiras. Houve
um tempo em que a rivalidade
nas competições nacionais se resumia aos confrontos entre Rio de
Janeiro e São Paulo. Saquarema e
Itamambuca eram os principais
palcos dessa disputa. Mais tarde
os catarinenses entraram na briga, depois os nordestinos trataram de estender a concorrência
por todo o litoral, e, hoje, o maior
campeão nacional é um paranaense.
Desde que o paraibano Fabio
Gouveia e o catarinense Teco Padaratz começaram a defender as
cores do país no circuito mundial,
rivais mesmo passaram a ser os
australianos, os americanos, os
havaianos. Mas neste final de semana, na abertura do Super Surf
2004, o circuito brasileiro profissional, a boa e velha rivalidade
regional voltou a dar as caras.
A etapa de abertura do circuito
voltou a ser realizada na Joaquina, em Florianópolis (SC), e pela
primeira vez na história do Super
Surf foi dominada por gaúchos.
Rodrigo "Pedra" Dorneles e Daison Pereira chegaram às suas primeiras finais do circuito e entraram para a bateria decisiva sob os
apupos da torcida que encheu a
praia num domingo de sol e altas
ondas.
Na verdade, a situação apenas
contribui para esquentar ainda
mais a vibrante competição que
tem sido o circuito, sempre com
etapas muito disputadas, bem organizadas e valorizando os atletas. Neste ano, com as três cotas
de patrocínio vendidas para
grandes anunciantes (VW, Tim e
Skol), tudo indica que o Super
Surf decole de vez.
Outro fator que corrobora com
essa expectativa é a ida da cobertura televisiva para a Sportv. Assim os programas terão maior freqüência e duração do que tinham
na MTV e podem ganhar espaço
na programação da Globo.
Nesse clima favorável e com as
ondas contribuindo, as disputas
na água enchiam os olhos e misturavam atletas da nova com os
da velha geração. O veterano Jojó
de Olivença, bicampeão brasileiro, que pensa em abandonar o
circuito neste ano para se dedicar
à sua escola de surfe, pegou um
tubaço que levantou o público e
somou a maior nota da prova,
9,67. Seu algoz foi Pedro Henrique, 19, campeão mundial júnior
em 2001, que parou na semifinal
com Gilmar Silva, 18, ambos terminando na terceira colocação.
Dorneles, que já representou o
Brasil em três edições do Mundial, estava embalado na competição. Fez as maiores pontuações
da etapa na semifinal e na final e
não deu chance ao conterrâneo
Daison Pereira, ficando com R$
22 mil dos R$ 120 mil de prêmios
em disputa. Uma grande final e
um grande início de temporada.
No feminino, sem as sombras de
Tita Tavares e Jacqueline Silva,
ambas competindo na Austrália
-elas estão nas quartas-de-final
da etapa de abertura do WCT, interrompida à espera de melhores
condições do mar-, Silvana Lima passeou, vencendo com facilidade sua primeira prova do Super Surf. A paulista Suelen Naraísa ficou em segundo.
Snowboard
Após obter o 27º lugar no slalom paralelo gigante e o 16º no boardercross nos EUA, pela Copa do Mundo, Isabel Clark disputa a partir de
hoje a etapa final, em Bardonecchia (Itália), palco dos Jogos de 2006.
Wakeboard
O circuito brasileiro de wakeboard começa amanhã, em Porto Alegre, e tem novidades. As categorias serão definidas pelo nível técnico,
e não mais pela idade. A idéia deve aumentar a competitividade.
Bodyboarding
Começa hoje a segunda etapa do circuito brasileiro de bodyboarding, em Rio das Ostras (RJ). Por ser uma das pernas do Mundial
(World Qualifying Tour), a etapa terá maior estrutura e premiação.
E-mail sarli@trip.com.br
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