São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2010

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JUCA KFOURI

Nem Kaká, nem Ronaldinho. Ambos?


O titular da seleção brasileira sucumbiu com o favorito Real Madrid. E o exilado viu o frágil Milan ser goleado


NEM KAKÁ , nem Ronaldinho. A eliminação do Milan era previsível; a do Real Madrid, muito ao contrário.
Kaká foi substituído e, mais uma vez, vaiado. No primeiro tempo, jogou razoavelmente. No segundo, nada, e saiu tão logo o Lyon fez o gol de empate (1 a 1) que eliminou o Real.
Ronaldinho Gaúcho jogou muito bem no primeiro tempo e caiu no segundo, quando o Manchester United tomou conta completamente da partida, até golear sem piedade os milanistas, por 4 a 0. Mesmo assim fez apresentação superior à de Kaká, até porque muito mais solitário.
Ao contrário de Kaká que tem tentado de tudo e acertado muito pouco, Ronaldinho Gaúcho quase não tem errado no que faz.
E diferentemente de Romário, de Ronaldo Fenômeno, de Rivaldo, fica uma ligeira sensação de que nem Kaká nem Ronaldinho Gaúcho entrarão para a história do futebol como craques que, além de terem sido eleitos como melhores do mundo, comandaram tecnicamente sua seleção nacional às grandes conquistas, embora, sem dúvida, recentemente o papel de Kaká com a camisa brasileira seja melhor que o de Ronaldinho Gaúcho.
Quem sabe os dois juntos?

Dá para corrigir
Obedecido o Estatuto do Torcedor, que determina antecedência de 60 dias na divulgação das tabelas das competições, eis que a CBF tem tempo suficiente para corrigir bobagens na do Brasileirão-2010. A começar pela primeira rodada, que marca dois clássicos entre quatro representantes brasileiros na Libertadores que, espera-se, tenham jogado no dia 5 de maio pelas oitavas de final e voltem a jogar em 12 de maio, já pelas quartas de final.
São eles Flamengo x São Paulo e Inter x Cruzeiro, partidas previstas para o dia 8 de maio.
Que são duas baitas atrações para uma rodada inaugural é fora de qualquer dúvida, desde que, é claro, com suas forças máximas, algo que não acontecerá com quem estiver vivo na competição continental.
Outra bobeada na primeira rodada está na marcação da volta do Vasco à Série A longe de sua gente, no Mineirão, contra o Galo.
E o Vasco está envolvido em outra lambança, na rodada de 1º de setembro, quando recebe o aniversariante centenário Corinthians, em data que certamente deveria ter o time paulista jogando em sua casa.
Corrigir não significará privilégio para quem quer que seja, apenas atenderá aos interesses maiores do futebol, do torcedor nos estádios, da liturgia do futebol.
Não quis também a CBF fazer o óbvio ao rejeitar a ideia de marcar para as últimas rodadas o maior número possível de clássicos estaduais. Medida que poderia minimizar as recorrentes suspeitas, nos últimos anos, de desinteresse, para dizer o mínimo, de times que enfrentam adversários de outros Estados sem o devido empenho para não ajudar rivais vizinhos.
Se o colunista precisar apostar, apostará que só o Corinthians será atendido, sob risco de se criar uma crise sem nenhuma necessidade.

A questão
Como reagirá o brahmeiro Dunga diante da doença do Imperador?

blogdojuca@uol.com.br


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