São Paulo, Domingo, 11 de Abril de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Hoje, contra o Rio Branco, pelo Paulista, Scolari desafia "turma do amendoim" , maratona e federação paulista
Palmeiras é visitante em seu "caldeirão"

da Reportagem Local

"Quero transformar o Parque Antarctica em um inferno. Vamos jogar aqui. Quem não for nosso na arquibancada vai levar garrafada."
Assim o técnico Luiz Felipe Scolari falava em sua apresentação no Palmeiras, em 2 de junho de 1997, sobre o estádio do clube, local da partida de hoje contra o Rio Branco, pelo Paulista-99.
Na atualidade, o treinador está às voltas com os tormentos da ""turma do amendoim", como ele próprio batizou os torcedores que vaiam quando o time joga mal, não importando posição na tabela de classificação ou retrospecto.
Mas, pelo menos no Paulista, Scolari e o Parque Antarctica vão se distanciar. Pelo regulamento da competição, apenas quatro dos 20 jogos estão marcados para lá.
Isso porque a Federação Paulista de Futebol é quem tem os mandos de jogo dos clássicos, e o Palmeiras terá de realizar todos fora de seus domínios, onde tem um aproveitamento de pontos bem superior.
Na ""era Scolari", o time conquistou 76% dos pontos que disputou no ""caldeirão palmeirense". No Morumbi, por exemplo, só ficou com 59% dos pontos em jogo.
A partida de hoje é a segunda no estádio palmeirense neste Paulista. A primeira foi contra o Guarani, e as restantes terão como visitantes a Inter de Limeira e a Matonense.
O Palmeiras, porém, abrigará mais partidas em seu estádio pela Copa do Brasil e Libertadores da América, competições que disputa simultaneamente.
A escalação para hoje não será definida apenas pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Após o empate de 2 a 2 contra o Vitória, anteontem, pela Copa do Brasil, Scolari disse que vai ouvir os jogadores e a diretoria antes de definir os titulares.
Sua intenção é poupar alguns titulares contra a equipe de Americana. "É evidente que o jogo contra o Vasco é mais importante", ressaltou Scolari. A primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores acontece nesta quarta-feira.
O plano do técnico palmeirense, porém, pode ser preterido pela diretoria do clube, já que a Federação Paulista de Futebol anunciou que não pagará a cota de R$ 600 mil aos "times grandes" que escalarem equipes mistas.
"A maratona de jogos tem sido muito grande desde o início do ano. Acho que alguns deveriam mesmo ser poupados", disse o zagueiro Júnior Baiano, que pediu para ser substituído anteontem.
"Contra o Vasco é que o Palmeiras não pode bobear, já que são apenas dois jogos para eliminar um representante brasileiro na Libertadores", completou.
Contra o Vitória, Scolari disse que o Palmeiras sentiu cansaço no segundo tempo, o que permitiu a reação do time baiano.
O técnico justificou a condição física de seus jogadores alegando que o time, por estar no início da temporada, ainda não atingiu a preparação física ideal.
Segundo Scolari, essa foi a razão que o levou a substituir Júnior Baiano, Alex e Zinho no segundo tempo do jogo com o Vitória.


Colaborou Luiz Francisco, da Agência Folha, em Salvador


Texto Anterior: São José é o 1º rebaixado no Paulista
Próximo Texto: Rival começa o desmonte
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.