São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O PERSONAGEM

Nesty acha que serve de modelo para brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Por um centésimo, Anthony Nesty, 33, superou o favoritismo do "mito" Matt Biondi, cravou 53s00, venceu os 100 m borboleta nos Jogos de Seul-1988 e estabeleceu o novo recorde olímpico da prova.
O segredo da primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um negro é a principal mensagem que Nesty quer passar aos atletas do Afro-Brasileiro. "Quero mostrar que tudo só depende das condições oferecidas e da força de vontade", disse à Folha o técnico na Universidade da Flórida (EUA). (GR)

Folha - O Torneio Afro-Brasileiro realmente incentiva a participação de negros na natação?
Anthony Nesty -
Sim. Além da oportunidade de frequentar uma piscina, eles terão contato com grandes nomes da modalidade. Isso gera interesse.

Folha - Por que é tão difícil encontrar negros na natação?
Nesty -
Falta oportunidade. Se você tem um local para treinar e um técnico à disposição, nada o impedirá de fazer o melhor. Foi o que aconteceu comigo.

Folha - Alguma vez você foi vítima de racismo na carreira?
Nesty -
Felizmente não. Claro que, quando você vai a um país diferente, as pessoas te olham de outra maneira. Mas na natação nunca tive problema.


Texto Anterior: Natação: Torneio abre debate sobre "limite" negro
Próximo Texto: Basquete: Anderson Varejão, 19, é o terceiro brasileiro inscrito no draft da NBA
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.