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AUTOMOBILISMO
Piloto canadense quer deixar BAR; definição do futuro de Jenson Button também movimenta o mercado
Villeneuve define cara da F-1 em 2003
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ZELTWEG
Com a renovação do contrato
entre Rubens Barrichello e a Ferrari, a F-1 agora espera os movimentos de outros dois pilotos:
Jacques Villeneuve e Jenson Button. São eles que darão a cara do
próximo Mundial da categoria.
Campeão em 1997, Villeneuve
está fazendo sua quarta temporada na BAR e avisou que procura
alternativas para o ano que vem.
Seu desespero para sair da equipe é real. Em entrevistas, ele admite que pode até mesmo parar
de correr em 2003 caso não encontre um carro competitivo.
Em 55 corridas pela BAR, o máximo que ele obteve foram dois
terceiros lugares, em 2001. Para
mudar de ares, porém, precisará
se livrar de um abacaxi: a participação acionária que tem no time.
Caso consiga vender sua parte
na BAR, a saída mais óbvia para
Villeneuve seria a McLaren.
A equipe inglesa dificilmente renovará o contrato de David Coulthard, com quem trabalha desde
1996. E como Kimi Raikkonen
ainda é inexperiente para assumir
o posto de primeiro piloto, Ron
Dennis estaria procurando alguém com alta quilometragem.
O lobby por Villeneuve na
McLaren já começou: o piloto é a
capa da revista inglesa "Autosport", que destaca o título "Melhor, mais durão e mais forte".
Além de Villeneuve, só Button
poderá sacudir o mercado. O piloto inglês, hoje na Renault, ainda
está atrelado contratualmente à
Williams, que precisa tomar uma
decisão rápida: ou o coloca para
correr em 2003 ou o libera de vez
para a fábrica francesa.
O mesmo acontece com a atual
dupla da Williams, Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya. Ou
seja: entre esses três pilotos, Frank
Williams terá que escolher dois
para o ano que vem e soltar o que
for preterido para o mercado.
Button já deu uma dica sobre a
data-limite para essa decisão.
"Acho que as coisas só vão começar a acontecer a partir de Silverstone", afirmou, referindo-se ao
GP da Inglaterra, décima etapa do
Mundial, no dia 7 de julho.
Na F-1 desde 2000, Button inaugurou a atual era de "garotos-prodígio" no campeonato. Ele chegou à Williams com 20 anos e sem
disputar a F-3000 Internacional,
algo que se repetiu nos anos seguintes com Raikkonen e com Felipe Massa, na Sauber.
Após um início animador -foi
oitavo em seu Mundial de estréia-, perdeu a vaga para Montoya em 2001. Desmotivado e com
um carro problemático, foi apenas o 17º no ano passado.
Neste ano, porém, Button ressurgiu. Já marcou oito pontos no
campeonato e, na Malásia, só perdeu a terceira posição para Michael Schumacher porque seu
carro quebrou na última volta.
Outro efeito da renovação de
contrato de Barrichello se abateu
sobre Felipe Massa. Sempre citado como alvo ferrarista para 2003,
o estreante brasileiro já caiu no
"esquecimento" daqueles que especulam pelo paddock.
Com contrato com a Sauber até
2004, Massa deve ficar na equipe
por mais uma temporada, pelo
menos. "Estou feliz aqui. A Sauber tem uma boa estrutura. E,
além do mais, só tenho cinco corridas na F-1. Ainda estou na fase
do aprendizado", disse ontem.
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