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replay
Após novo susto, Santos vira graças a Zé Roberto
Santos 3
Caracas 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais uma vez nesta temporada, o Santos mostrou-se apático de início, sofreu um golpe e
recuperou-se. Foi assim na
classificação do time às quartas-de-final na Copa Libertadores, o que repete sua trajetória
nas finais no Paulista-2007.
Após ficar em desvantagem
de 2 a 0 aos 32min do primeiro
tempo, o Santos teve forças para virar o placar na Vila Belmiro. O herói foi o meia Zé Roberto, que marcou dois gols.
"É normal uma queda de produção. Dou parabéns porque
poucas [equipes] conseguem
sair de 2 a 0 e virar. Sabia que
seria difícil, mas não tão difícil
como foi", analisou o técnico
Vanderlei Luxemburgo.
Assim como contra Bragantino e São Caetano, nas finais do
Paulista, o Santos entrou em
campo com pouco ímpeto na
Libertadores. Eram toques laterais, sem perigo ao rival.
Um empate até 1 a 1 classificaria o time. Isso porque o primeiro jogo terminou em 2 a 2,
isto é, os santistas, que voltavam à Vila após 21 dias, tinham
essa vantagem por terem marcado duas vezes fora de casa.
Mas a equipe do litoral não
havia ameaçado nenhuma vez o
gol do Caracas quando sofreu o
primeiro gol. Aos 23min, Rey
cobrou falta de longe no canto.
O goleiro Fábio Costa falhou.
A partir daí, o Santos imprimiu maior velocidade ao jogo e
teve duas chances de gol. Mas
Carpinteiro, aproveitando um
cochilo da zaga santista, aumentou, de cabeça, aos 32min.
A formação escolhida por Luxemburgo, que privilegiou a
ofensividade, deixava espaços
atrás. Sem um lateral-direito,
após contusão de Denis, ele improvisou Maldonado, como no
jogo decisivo contra o São Caetano. E perdeu poder de marcação no meio-campo. Cléber
Santana, normalmente meia
ofensivo, e Rodrigo Souto eram
os principais marcadores.
Mas a reação santista mostrou que a zaga venezuelana
também tinha buracos. Marcos
Aurélio ganhou a bola próximo
da área e tocou para Adaílton,
que, de dentro da área, chutou
no ângulo. Só deu tempo para o
goleiro Toyo tocar na bola.
A fragilidade da retaguarda
rival ficou mais evidente no segundo gol. Após erro de chute
de Marcos Aurélio, Zé Roberto
teve espaço para tocar de letra
aos 41min. Um belo gol: 2 a 2.
Só que o Santos, de novo, começou apático o segundo tempo. Tinha mais mais posse de
bola, mas dava chances ao oponente. Descontente, Luxemburgo trocou dois homens de
frente: Pedrinho e Jonas deram
lugar a Rodrigo Tabata e Renatinho. Isso aos 20min.
Não deu nem para observar
se houve efeito, pois o Santos
virou o placar em seguida. Aos
22min, Zé Roberto chutou da
entrada da área no canto, com
efeito, para virar o placar.
"Este é o melhor momento
da minha carreira. A gente começa a sonhar com o título",
disse o meia, que decidirá se sai
do Santos no meio do ano.
Depois, o técnico trocou o
atacante Marcos Aurélio pelo
zagueiro Marcelo. A defesa melhorou e foi pouco ameaçada,
apesar da expulsão de Adaílton.
Agora, pela Libertadores, o
Santos irá enfrentar o América,
pelas quartas-de-final, na próxima semana, no México. Será a
prioridade da equipe. Tanto
que Luxemburgo informou que
escalará um time misto no Brasileiro. A estréia no Nacional
será no domingo, ante o Sport.
Colaborou a Agência Folha, em Santos
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