São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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replay

Após novo susto, Santos vira graças a Zé Roberto

Santos 3
Caracas 2

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez nesta temporada, o Santos mostrou-se apático de início, sofreu um golpe e recuperou-se. Foi assim na classificação do time às quartas-de-final na Copa Libertadores, o que repete sua trajetória nas finais no Paulista-2007.
Após ficar em desvantagem de 2 a 0 aos 32min do primeiro tempo, o Santos teve forças para virar o placar na Vila Belmiro. O herói foi o meia Zé Roberto, que marcou dois gols.
"É normal uma queda de produção. Dou parabéns porque poucas [equipes] conseguem sair de 2 a 0 e virar. Sabia que seria difícil, mas não tão difícil como foi", analisou o técnico Vanderlei Luxemburgo.
Assim como contra Bragantino e São Caetano, nas finais do Paulista, o Santos entrou em campo com pouco ímpeto na Libertadores. Eram toques laterais, sem perigo ao rival.
Um empate até 1 a 1 classificaria o time. Isso porque o primeiro jogo terminou em 2 a 2, isto é, os santistas, que voltavam à Vila após 21 dias, tinham essa vantagem por terem marcado duas vezes fora de casa.
Mas a equipe do litoral não havia ameaçado nenhuma vez o gol do Caracas quando sofreu o primeiro gol. Aos 23min, Rey cobrou falta de longe no canto. O goleiro Fábio Costa falhou.
A partir daí, o Santos imprimiu maior velocidade ao jogo e teve duas chances de gol. Mas Carpinteiro, aproveitando um cochilo da zaga santista, aumentou, de cabeça, aos 32min.
A formação escolhida por Luxemburgo, que privilegiou a ofensividade, deixava espaços atrás. Sem um lateral-direito, após contusão de Denis, ele improvisou Maldonado, como no jogo decisivo contra o São Caetano. E perdeu poder de marcação no meio-campo. Cléber Santana, normalmente meia ofensivo, e Rodrigo Souto eram os principais marcadores.
Mas a reação santista mostrou que a zaga venezuelana também tinha buracos. Marcos Aurélio ganhou a bola próximo da área e tocou para Adaílton, que, de dentro da área, chutou no ângulo. Só deu tempo para o goleiro Toyo tocar na bola.
A fragilidade da retaguarda rival ficou mais evidente no segundo gol. Após erro de chute de Marcos Aurélio, Zé Roberto teve espaço para tocar de letra aos 41min. Um belo gol: 2 a 2.
Só que o Santos, de novo, começou apático o segundo tempo. Tinha mais mais posse de bola, mas dava chances ao oponente. Descontente, Luxemburgo trocou dois homens de frente: Pedrinho e Jonas deram lugar a Rodrigo Tabata e Renatinho. Isso aos 20min.
Não deu nem para observar se houve efeito, pois o Santos virou o placar em seguida. Aos 22min, Zé Roberto chutou da entrada da área no canto, com efeito, para virar o placar.
"Este é o melhor momento da minha carreira. A gente começa a sonhar com o título", disse o meia, que decidirá se sai do Santos no meio do ano.
Depois, o técnico trocou o atacante Marcos Aurélio pelo zagueiro Marcelo. A defesa melhorou e foi pouco ameaçada, apesar da expulsão de Adaílton.
Agora, pela Libertadores, o Santos irá enfrentar o América, pelas quartas-de-final, na próxima semana, no México. Será a prioridade da equipe. Tanto que Luxemburgo informou que escalará um time misto no Brasileiro. A estréia no Nacional será no domingo, ante o Sport.


Colaborou a Agência Folha, em Santos


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