São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

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FUTEBOL
Técnico encara vitória como uma reação às críticas de Luxemburgo
"Agora eu quero ver a tática", provoca Nelsinho

Ormuzd Alves/Folha Imagem
O meia Raí, em sua reestréia no São Paulo, comemora seu gol, marcado no primeiro tempo do jogo


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
LUIZ CESAR PIMENTEL

da Reportagem Local O técnico Nelsinho Batista encarou como um confronto pessoal com o treinador do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, a vitória na decisão de ontem, que reiterou a campanha são-paulina como a melhor da competição.
Ao final do jogo, o treinador são-paulino fez questão de responder aos gritos "tudo o que tive que engolir durante a semana".
"Agora eu quero ver a tática. Agora eu quero ver o nó", dizia em referência à partida da semana passada, na qual, com esquema de bloqueio ao ataque são-paulino, o Corinthians venceu por 2 a 1.
Após aquele jogo, o mais forte comentário era que o treinador corintiano havia dado um "nó tático" em Nelsinho.
Com a reversão na final de ontem, Nelsinho quebrou um tabu: nas três decisões que disputaram anteriormente, Luxemburgo havia ganhado todas.
Além disso, com a vitória, a 11ª em 14 jogos, o time de Nelsinho Batista chegou ao aproveitamento de 80,9% dos pontos disputados contra 59,5% do rival.
O time sofreu duas derrotas e empatou um jogo. Também foi o único que ganhou de todos os adversários que enfrentou, já que enfrentou todos os rivais em jogos de ida e volta.
A vitória de ontem serviu, também, para quebrar a invencibilidade de 13 partidas do Corinthians na competição. "Ganhou o melhor. Sou bicampeão", afirmou.
O recado, além de ao técnico corintiano, tinha também como endereço o Parque São Jorge.
O treinador foi campeão paulista com o Corinthians em 97 e, no começo do Brasileiro, deixou o clube, afirmando que "não sentia mais felicidade em trabalhar lá".
"As pessoas lá dentro (no Corinthians) viram como se trabalha. Eu agora estou no time que dá condição de trabalhar", afirmou.
Artilharia
Com os dois gols de ontem, França reiterou a posição de artilheiro do campeonato, com 12 gols. "O Nelsinho depositou confiança muito grande em mim. Eu disse que, se me dessem cinco jogos como titular, não sairia mais do time", afirmou.
E atribuiu à entrada de Raí no time boa parte da responsabilidade pela boa partida que disputou ontem. "É muito fácil jogar com ele, parece que jogamos juntos há um tempão."



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