da Sucursal do Rio

Apesar da confusão promovida pelos dirigentes no futebol do Rio, 171 torcedores pagaram para assistir ao primeiro W.O. da história do Maracanã.
Revoltado com a mudança na tabela do segundo turno do Campeonato Estadual, o Botafogo se recusou a enfrentar o Vasco, ontem à tarde. Botafogo, Flamengo e Fluminense ameaçam agora abandonar o campeonato.
"Pensei que havia visto de tudo no futebol. Por isso, mesmo sabendo que não haveria jogo, decidi pagar os R$ 10 apenas para presenciar esse momento histórico", disse a torcedora do Vasco Amélia Silva, 47.
O clássico que acabou se transformando em um animado treino do Vasco para a partida contra o São Paulo, amanhã, em São Januário, pela Copa do Brasil.
Apesar de o Botafogo ter se recusado a ir ao Maracanã, os jogadores do Vasco entraram em campo pouco antes das 17h, seguindo instruções do vice-presidente de Futebol do clube, Eurico Miranda.
A partida foi declarada encerrada pelo árbitro Jorge Travassos 30 minutos após a entrada do Vasco em campo. Travassos disse que vai relatar que houve W.O. na súmula.
Logo após os vascaínos iniciarem o aquecimento no gramado, a Liga Carioca de Futebol, entidade fundada por Flamengo, Botafogo e Fluminense, entregou ao delegado do jogo, Luiz Desiderati, uma liminar justificando a ausência do adversário do Vasco.
A liminar era assinada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz, Antônio de Araújo Ribeiro.
Uma cena constrangedora foi protagonizada no estádio por um ex-conselheiro do Vasco, identificado apenas como Maurício.
Ele invadiu o campo e tentou tirar a calça quando soube que o Americano havia marcado o gol de empate na partida contra o Flamengo, disputada na rua Bariri.
O empate eliminaria o Flamengo da disputa do segundo turno, deixando o Vasco, que já ganhou o primeiro, em situação privilegiada para ganhar o segundo e, consequentemente, o campeonato.
O Flamengo, porém, venceu por 4 a 2. O ex-conselheiro foi detido por policiais dentro do campo.



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