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INDY
Canadense faz ultrapassagem a cinco voltas do encerramento; Gugelmin é o único brasileiro a concluir a Rio 400
Moore garante vitória no final da prova
FÁBIO SEIXAS
enviado especial ao Rio
Com uma ultrapassagem a cinco
voltas para o final, o canadense
Greg Moore venceu ontem a Rio
400, etapa brasileira da Indy, no
autódromo de Jacarepaguá.
Em segundo lugar ficou o italiano Alessandro Zanardi, da Ganassi, seguido pelo mexicano Adrian
Fernandez, da Patrick.
A sequência de chegada dos três
primeiros colocados repete a classificação do campeonato.
Após a vitória de ontem, o canadense ampliou para quatro pontos
sua vantagem sobre Zanardi.
Moore tem agora 71 pontos na
classificação geral, contra 67 do
atual campeão.
A manobra que deu a vitória a
Moore veio na 128ª volta da prova.
Aproveitando a presença do retardatário Arnd Meier, que atrapalhou Zanardi, Moore ultrapassou
o italiano na curva três do oval.
Ao final da prova, irritado, Zanardi criticou Meier. "Todo piloto que já andou aqui sabe que tem
que deixar o lado de dentro da pista livre para quem vier mais rápido", disse Zanardi, que liderou
por 117 das 133 voltas, incluindo a
primeira.
Largando na segunda posição,
ele chegou a perder o posto para o
brasileiro Tony Kanaan. Na curva
dois, no entanto, ultrapassou o
brasileiro e alcançou a ponta, que
só viria a perder na 78ª volta, após
a segunda rodada de pits stops.
O norte-americano Richie
Hearn e o escocês Dario Franchitti
chegaram a liderar, mas também
precisaram parar, colocando o italiano novamente na ponta.
Economia
Nas 20 voltas finais, a vantagem
que Zanardi mantinha sobre Moore começou a cair. Economizando
combustível, o italiano viu o canadense realmente encostar em seu
carro na 121ª volta.
"Era uma situação difícil. Ao
mesmo tempo que precisava aliviar o acelerador para economizar
combustível, sabia que ele estava
chegando", afirmou Zanardi.
Foi a terceira vitória de Moore,
que largou ontem em oitavo lugar.
"Comecei a prova bem tímido,
mas sabia que meu carro estava
bem rápido", declarou.
Moore admitiu que se beneficiou
com a presença de Meier na pista.
"Quando vi o Zanardi chegando
no alemão já imaginei o que poderia acontecer. Aproveitei a situação e parti para cima. Fomos muito radicais naquela disputa."
Para Fernandez, a terceira colocação surpreendeu. "Essa corrida
foi um mistério para nós. Só depois do warm up (treino de aquecimento, ontem de manhã) nós
definimos a estratégia."
Seu resultado se deve em muito
aos pit stops. A Patrick foi a mais
rápida no serviço, perdendo apenas 93s059 nas três paradas do piloto mexicano.
A corrida de ontem foi um desastre para os pilotos brasileiros.
Dos sete que largaram, apenas
um, Mauricio Gugelmin, cruzou a
linha de chegada. E na nona colocação (leia texto nesta página).
Diferentemente do que se viu
nos treinos em Jacarepaguá, a corrida teve poucos acidentes. No total, foram quatro bandeiras amarelas, três causadas por batidas.
No ano passado, foram oito bandeiras amarelas.
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