São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

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INDY
Canadense faz ultrapassagem a cinco voltas do encerramento; Gugelmin é o único brasileiro a concluir a Rio 400
Moore garante vitória no final da prova

FÁBIO SEIXAS
enviado especial ao Rio

Com uma ultrapassagem a cinco voltas para o final, o canadense Greg Moore venceu ontem a Rio 400, etapa brasileira da Indy, no autódromo de Jacarepaguá.
Em segundo lugar ficou o italiano Alessandro Zanardi, da Ganassi, seguido pelo mexicano Adrian Fernandez, da Patrick.
A sequência de chegada dos três primeiros colocados repete a classificação do campeonato.
Após a vitória de ontem, o canadense ampliou para quatro pontos sua vantagem sobre Zanardi.
Moore tem agora 71 pontos na classificação geral, contra 67 do atual campeão.
A manobra que deu a vitória a Moore veio na 128ª volta da prova. Aproveitando a presença do retardatário Arnd Meier, que atrapalhou Zanardi, Moore ultrapassou o italiano na curva três do oval.
Ao final da prova, irritado, Zanardi criticou Meier. "Todo piloto que já andou aqui sabe que tem que deixar o lado de dentro da pista livre para quem vier mais rápido", disse Zanardi, que liderou por 117 das 133 voltas, incluindo a primeira.
Largando na segunda posição, ele chegou a perder o posto para o brasileiro Tony Kanaan. Na curva dois, no entanto, ultrapassou o brasileiro e alcançou a ponta, que só viria a perder na 78ª volta, após a segunda rodada de pits stops.
O norte-americano Richie Hearn e o escocês Dario Franchitti chegaram a liderar, mas também precisaram parar, colocando o italiano novamente na ponta.
Economia
Nas 20 voltas finais, a vantagem que Zanardi mantinha sobre Moore começou a cair. Economizando combustível, o italiano viu o canadense realmente encostar em seu carro na 121ª volta.
"Era uma situação difícil. Ao mesmo tempo que precisava aliviar o acelerador para economizar combustível, sabia que ele estava chegando", afirmou Zanardi.
Foi a terceira vitória de Moore, que largou ontem em oitavo lugar.
"Comecei a prova bem tímido, mas sabia que meu carro estava bem rápido", declarou.
Moore admitiu que se beneficiou com a presença de Meier na pista. "Quando vi o Zanardi chegando no alemão já imaginei o que poderia acontecer. Aproveitei a situação e parti para cima. Fomos muito radicais naquela disputa."
Para Fernandez, a terceira colocação surpreendeu. "Essa corrida foi um mistério para nós. Só depois do warm up (treino de aquecimento, ontem de manhã) nós definimos a estratégia."
Seu resultado se deve em muito aos pit stops. A Patrick foi a mais rápida no serviço, perdendo apenas 93s059 nas três paradas do piloto mexicano.
A corrida de ontem foi um desastre para os pilotos brasileiros.
Dos sete que largaram, apenas um, Mauricio Gugelmin, cruzou a linha de chegada. E na nona colocação (leia texto nesta página).
Diferentemente do que se viu nos treinos em Jacarepaguá, a corrida teve poucos acidentes. No total, foram quatro bandeiras amarelas, três causadas por batidas.
No ano passado, foram oito bandeiras amarelas.



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