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AUTOMOBILISMO
McLaren confirma a superioridade em Barcelona; Schumacher chega ao pódio apesar de penalidade
Hakkinen abre 12 pontos de Schumacher
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
enviado especial a Barcelona
Mika Hakkinen cumpriu seu papel ontem em Barcelona e venceu
com facilidade o GP da Espanha
de F-1, quinta etapa do Mundial.
David Coulthard foi o segundo
colocado e Michael Schumacher,
apesar de uma má largada e um
"stop & go" de dez segundos, acabou na terceira colocação, resultado que o próprio alemão considerava como meta para a prova.
A novidade foi a presença de Rubens Barrichello na zona de pontos, após um ano de quebras e
abandonos com a Stewart. O piloto brasileiro foi quinto colocado,
atrás de Alexander Wurz e à frente
de Jacques Villeneuve.
A corrida fez o finlandês da
McLaren abrir 12 pontos de Schumacher (36 a 24). O ferrarista, porém, confia em sua matemática,
que insistiu repetir em Barcelona,
pela qual nas duas próximas provas, Mônaco e Montreal, "a disputa será bem mais apertada".
"Seria melhor que fossem apenas seis pontos", afirmou Schumacher. "Mas precisamos trabalhar, trabalhar e trabalhar para
que essa vantagem diminua."
A Goodyear, apontada como
principal empecilho para o desenvolvimento ferrarista, após uma
enxurrada de críticas durante todo
o fim-de-semana, anunciou um
novo pneu traseiro para Mônaco,
assim como novos compostos.
Hakkinen apenas concordou
que o GP do próximo dia 26 será
"mais difícil".
"Aqui (em Barcelona) eu também poderia dizer que foi difícil,
mas poucos acreditariam", afirmou, sorrindo, o finlandês.
De fato, Hakkinen não teve dificuldades na corrida. O único susto
foi na segunda parada nos boxes,
quando deixou o companheiro
Coulthard descontar sete segundos da vantagem de 14 que teve até
então na prova
"Não foi culpa do time. Eu é que
fui cuidadoso demais ao entrar e
sair dos boxes", explicou.
Com o pódio definido por "antecipação", o GP da Espanha só
empolgou quando Giancarlo Fisichella e Eddie Irvine se chocaram
na volta 29. Mais rápido que o irlandês da Ferrari, o italiano da Jordan tentou uma difícil ultrapassagem por fora, ao final da reta dos
boxes. Na curva, porém, Irvine
não permitiu a conclusão da manobra, batendo no rival.
Ao deixar o carro, nervoso, Fisichella foi imediatamente tirar satisfações de Irvine, que, surpreendentemente, ignorou o dedo em
riste do piloto italiano -já haviam se estranhado na largada.
Após a prova, os comissários
também surpreenderam ao multar Fisichella em US$ 7.500 por ele
não ter evitado o acidente, quando
a impressão deixada pelas imagens da TV foi a de que, se houve
culpa, essa seria de Irvine.
Durante a corrida, outra decisão
dos comissários quase complicou
a vida de Schumacher. Em sua primeira parada, na qual ganhou as
posições de Irvine e Fisichella, o
alemão teve problemas com o limitador de velocidade de sua Ferrari. Foi obrigado a cumprir dez
segundos nos boxes, o que lhe fez
perder o terceiro posto para Wurz.
Na segunda rodada de pits, porém, outra rápida troca da escuderia italiana alçou o alemão de volta
ao terceiro posto.
Fora essas ocorrências, divertiu
o GP o japonês Tora Takagi, da
Tyrrell, segurando pilotos como
Jean Alesi, Ralf Schumacher e
Heinz-Harald Frentzen, todos
com equipamento superior.
No pódio, que contou com a
presença do rei da Espanha, Juan
Carlos, e do presidente do Comitê
Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, apenas uma figura destoava do habitual.
Além do trio de sempre, subiu
para receber o troféu de construtores Mansour Ojjeh, acionista
majoritário da McLaren, que voltou a frequentar os boxes do time
nesta temporada. A última vez que
subira ao pódio, Ayrton Senna
ainda pilotava para o time inglês.
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