São Paulo, domingo, 11 de junho de 2000


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ATLETISMO
Atletas dos dois países devem disputar vitória
Tira-teima entre Brasil e Quênia é atração da Maratona de São Paulo

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

A sexta Maratona de São Paulo, que será realizada hoje a partir das 9h, deve ser um tira-teima entre atletas brasileiros e quenianos.
Os competidores dos dois países ganharam quatro (duas vezes cada) das cinco edições da prova.
Os brasileiros venceram em 1995, ano inaugural da competição, e 1998, com Luis Antonio dos Santos e Diamantino Silveira, respectivamente.
Os fundistas quenianos chegaram a vitória em 97, com Kipkemboi Cheruiyot, e no ano passado, com Paul Yego, que estabeleceu um novo recorde para a prova, 2h15min20s.
O domínio de brasileiros e quenianos na prova só foi quebrado pelo marroquino Chaham El Maati, campeão em 96.
O evento terá a participação de atletas de 21 países e distribuirá R$ 150 mil em prêmios aos melhores colocados.
Primeiro campeão da Maratona de São Paulo, em 95, o brasileiro Luis Antônio dos Santos acredita que têm chances de vencer os quenianos. "Eles são bons, mas não são invencíveis."
Principal nome do país na Maratona, o atleta afirmou que os brasileiros estão no mesmo nível dos rivais africanos. "Nós já provamos que podemos correr de igual para igual contra eles (quenianos)", disse.
Entre os atletas estrangeiros, quatro representantes do Quênia já confirmaram presença na edição deste ano da competição.
Kipkemboi Cheruiyot, William Musyoki, campeão das maratonas de Barcelona e Porto Alegre, Henry Cherono, revelação do atletismo do país, e Paul Yego.
Atual campeão e recordista da Maratona de São Paulo, Yego acredita em um tira-teima na prova entre brasileiros e quenianos. "Os brasileiros são muito competitivos. Porém ninguém sabe quem pode vencer."
O atleta, de 33 anos, deve ditar o ritmo de seus compatriotas durante a prova, cujo percurso é de 42,195 quilômetros.
"Devemos completar a primeira metade da prova em uma hora e sete minutos. A segunda parte será feita em um ritmo mais lento", afirmou Yego.
Segundo o atleta queniano, seu desempenho na edição deste ano da competição dependerá dos fatores climáticos.
"Se a temperatura estiver parecida com a do ano passado, acho possível bater o recorde. Estou na mesma condição física de 99. Vencer aqui vai me ajudar no exterior", afirmou o queniano, cujo melhor resultado neste ano foi um modesto décimo lugar na Maratona de Buenos Aires.
Entre as mulheres, os destaques são as brasileiras Marcia Narloch, campeã em 99 e recordista da prova (2h27min20s), Cleuza Maria Irineu e a polonesa Wioletta Kriza, terceira colocada em 99 e vencedora da Maratona de Cleveland (EUA) neste ano.
"Estou preparada para vencer. Para mim não há russas, quenianas ou polonesas", disse Marcia.


NA TV - Globo, ao vivo, às 9h



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