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ATLETISMO
Atletas dos dois países devem disputar vitória
Tira-teima entre Brasil e Quênia é atração da Maratona de São Paulo
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
A sexta Maratona de São Paulo,
que será realizada hoje a partir
das 9h, deve ser um tira-teima entre atletas brasileiros e quenianos.
Os competidores dos dois países ganharam quatro (duas vezes
cada) das cinco edições da prova.
Os brasileiros venceram em
1995, ano inaugural da competição, e 1998, com Luis Antonio dos
Santos e Diamantino Silveira, respectivamente.
Os fundistas quenianos chegaram a vitória em 97, com Kipkemboi Cheruiyot, e no ano passado, com Paul Yego, que estabeleceu um novo recorde para a
prova, 2h15min20s.
O domínio de brasileiros e quenianos na prova só foi quebrado
pelo marroquino Chaham El
Maati, campeão em 96.
O evento terá a participação de
atletas de 21 países e distribuirá
R$ 150 mil em prêmios aos melhores colocados.
Primeiro campeão da Maratona
de São Paulo, em 95, o brasileiro
Luis Antônio dos Santos acredita
que têm chances de vencer os
quenianos. "Eles são bons, mas
não são invencíveis."
Principal nome do país na Maratona, o atleta afirmou que os
brasileiros estão no mesmo nível
dos rivais africanos. "Nós já provamos que podemos correr de
igual para igual contra eles (quenianos)", disse.
Entre os atletas estrangeiros,
quatro representantes do Quênia
já confirmaram presença na edição deste ano da competição.
Kipkemboi Cheruiyot, William
Musyoki, campeão das maratonas de Barcelona e Porto Alegre,
Henry Cherono, revelação do
atletismo do país, e Paul Yego.
Atual campeão e recordista da
Maratona de São Paulo, Yego
acredita em um tira-teima na
prova entre brasileiros e quenianos. "Os brasileiros são muito
competitivos. Porém ninguém
sabe quem pode vencer."
O atleta, de 33 anos, deve ditar o
ritmo de seus compatriotas durante a prova, cujo percurso é de
42,195 quilômetros.
"Devemos completar a primeira metade da prova em uma hora
e sete minutos. A segunda parte
será feita em um ritmo mais lento", afirmou Yego.
Segundo o atleta queniano, seu
desempenho na edição deste ano
da competição dependerá dos fatores climáticos.
"Se a temperatura estiver parecida com a do ano passado, acho
possível bater o recorde. Estou na
mesma condição física de 99.
Vencer aqui vai me ajudar no exterior", afirmou o queniano, cujo
melhor resultado neste ano foi
um modesto décimo lugar na
Maratona de Buenos Aires.
Entre as mulheres, os destaques
são as brasileiras Marcia Narloch,
campeã em 99 e recordista da
prova (2h27min20s), Cleuza Maria Irineu e a polonesa Wioletta
Kriza, terceira colocada em 99 e
vencedora da Maratona de Cleveland (EUA) neste ano.
"Estou preparada para vencer.
Para mim não há russas, quenianas ou polonesas", disse Marcia.
NA TV - Globo, ao vivo, às 9h
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