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VÔLEI
Meta cumprida
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A seleção brasileira sofreu
no final de semana, mas
cumpriu o seu objetivo: conseguiu mais duas vitórias sobre a
Holanda e já garantiu o primeiro lugar do grupo e a vaga na
etapa final da Liga Mundial.
Quem viu os jogos pôde perceber: o time está na estrada certa,
mas precisa melhorar muito.
Um exemplo foi o segundo jogo contra a Holanda. O Brasil
venceu por 3 sets a 2, mas mostrou muita irregularidade em
quadra. Os problemas na defesa
também prejudicaram a armação dos contra-ataques. Resultado: a Holanda fez mais pontos
que o Brasil nos ataques e contra-ataques -57 contra 44.
O que ajudou os brasileiros foi
que os holandeses cometeram
mais erros durante o jogo: 42
contra 28. O certo é que os times
também estão em início de temporada, mas o grande desafio
do Brasil será mesmo daqui
duas semanas, na final da Liga
Mundial, quando terá pela frente seleções como Cuba e Itália.
Os dez jogos disputados na Liga já serviram para Bernardinho definir uma base com quatro jogadores: Maurício, André
Nascimento, Gustavo e Nalbert.
Para a outra vaga na ponta da
rede, está havendo um rodízio
entre Giba, Giovane e Dante. No
meio da rede, a disputa está entre Henrique e André Heller.
Nas outras chaves da Liga,
quem vive tempos difíceis é a
Argentina. Depois da euforia
com o quarto lugar nos Jogos de
Sydney, o time passa por um pesadelo: está fora das finais da Liga e à beira de uma crise.
Logo nas primeiras rodadas, a
Argentina foi surpreendida pela
França, mas chegou ao fundo
do poço ao perder dois jogos em
casa para a Espanha. Com a
derrota no sábado para a Itália
por 3 a 0, ficou fora das finais.
A queda diante dos espanhóis
levou o presidente da Federação
Argentina de Vôlei, Mario Goijman, a diagnosticar: "Estamos
atravessando uma crise". E foi
além. Disse que o time precisa
de quem tenha paixão em jogar
e que na seleção alguns atletas
não apresentam essa vontade.
Goijman não quis dar nomes,
mas aumentou a crise. Mas em
pelo menos uma questão dirigentes e jogadores concordam:
sem Marcos Milinkovic, o principal atacante do país, o rendimento da seleção cai. E muito.
Milinkovic, com problemas no
joelho direito, desfalcou o time
na maioria das partidas.
A maior preocupação do dirigente é com o Mundial de 2002,
que será na Argentina. Uma
boa campanha da seleção seria
uma forma de impulsionar o
vôlei no país. Não à toa, os argentinos estudam até a formação de uma seleção permanente
para disputar o Mundial com
chances de chegar à final.
Já no vôlei feminino, a partir
de amanhã todos os olhos estarão voltados para a Suíça. As
maiores forças do esporte vão
disputar a Montreux Volley
Masters, a antiga Copa BCV.
Das sete primeiras colocadas em
Sydney, apenas Brasil e Alemanha estarão ausentes.
Segundo a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Vôlei, foi uma opção do
técnico Marco Aurélio Motta
não disputar essa competição.
Uma pena. Seria uma boa
oportunidade para as novas jogadoras da seleção brasileira
ganharem mais experiência.
A estréia oficial da equipe de
Marco Aurélio será no classificatório para o Mundial, em julho, na Argentina. Antes disso, a
seleção fará quatro amistosos
contra a frágil Argentina.
Copa América
A Copa América, que iria definir as três seleções femininas do
continente para a disputa do Grand Prix, não será mais realizada. Segundo informação da assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Vôlei, a decisão foi da Federação Internacional, que já confirmou que Brasil, Cuba e Estados Unidos, os
mais bem ranqueados das Américas, vão disputar o Grand Prix.
China campeã
A seleção chinesa, que decepcionou com o quinto lugar nos Jogos Olímpicos de Sydney, no ano passado, começou bem a temporada. Foi a campeã invicta do Torneio Quatro Nações, disputado na China. Na decisão do título da competição, as chinesas venceram as cubanas, atuais tricampeãs olímpicas, por 3 sets a 1. Na disputa pelo terceiro lugar, o time do Japão derrotou a Austrália por 3 sets a 0.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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