DO ENVIADO A YOKOHAMA

Assim como já tinha feito antes da partida contra a Inglaterra, Diego Armando Maradona mandou uma mensagem para os jogadores argentinos, desejando-lhes sorte contra a Suécia.
Só que ele próprio não apareceu na concentração do time, como tinha sido anunciado na véspera.
Segundo a assessoria de imprensa da Associação de Futebol Argentino (AFA), Maradona havia dito que assistiria à partida em Miyagi e ontem mesmo, assim que chegasse ao Japão, iria à concentração dos argentinos conversar com os jogadores.
De acordo com a AFA, no entanto, ele acabou não embarcando para o Japão e sua presença no jogo contra os suecos não estava confirmada -apenas na semana passada o visto de entrada para o ex-jogador foi liberado.
O governo japonês inicialmente se negou a permitir a visita de Maradona durante a Copa, já que ele teve envolvimento com droga e a legislação no país não permite, nestes casos, a concessão de visto de entrada a quem quer que seja.
Mas, depois de muitos protestos, o Japão voltou atrás e resolveu permitir a entrada do ídolo do futebol argentino.
Na mensagem aos jogadores, Maradona diz que chorou após a derrota para os ingleses, mas que confia na vitória contra os suecos e no sucesso do time no Mundial.
Pediu ainda para eles jogarem ""com o coração" e só pensarem num resultado positivo.
Os jogadores disseram, após o fracasso diante da Inglaterra, que gostariam de ver Maradona no estádio no jogo contra a Suécia.
Se a Argentina não passar para as oitavas-de-final, não será a primeira vez na história que será eliminada na fase inicial de uma Copa do Mundo -em 1958 e 1962 foi desclassificada assim.
Porém, desde que se sagrou campeã mundial pela primeira vez, em 1978, jogando em casa, nunca sofreu uma eliminação na primeira fase da competição.
Para evitar a catástrofe, tem que vencer a Suécia. Ou empatar e torcer para a Nigéria ganhar da Inglaterra por dois ou mais gols de diferença -se a vitória dos africanos for por apenas um gol, entre ingleses e argentinos passa quem tiver mais gols a favor.
Por enquanto, a vantagem é dos europeus -2 a 1 em gols marcados no Mundial. (JCA)