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GRUPO D/ ONTEM
Atuações de Pauleta e Figo definem vitória
Futebol de Portugal e chuva forte aparecem
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SEUL
Depois de 32 partidas em 11
dias, a chuva forte e o bom futebol
de Portugal, duas das coisas mais
esperadas da Copa-2002, fizeram
ontem suas primeiras aparições.
Em Jeonju (Coréia do Sul), a
equipe fez 4 a 0 na Polônia, com
grande atuação do atacante Pauleta, autor dos três primeiros gols
do jogo, no qual Portugal aplicou
sua maior goleada em Mundiais.
Agora, para irem às oitavas-de-final, os portugueses precisam
vencer a Coréia na última rodada.
Se empatarem, terão de torcer para os EUA perderem da Polônia.
Principalmente na etapa inicial,
quando teve intensidade maior, a
chuva, característica da Coréia e
do Japão nesta época do ano,
mostrou o estrago que pode fazer
em uma partida de futebol.
Com o campo molhado, as duas
seleções trocaram seguidos pontapés. Foram 24 faltas na etapa,
número quase 40% maior do que
a média geral da Copa. Para tentar
coibir a violência, o escocês Hugh
Dallas aplicou cinco cartões amarelos em menos de 20 minutos.
Nunca antes um Mundial foi
disputado em um lugar e em uma
época tão sujeitas a chuvas. A situação deverá piorar a partir da
segunda fase, na qual a previsão é
de precipitações mais intensas.
No primeiro tempo do jogo de
ontem, Portugal, apontado como
um dos favoritos até a Copa começar, não mostrou o mesmo futebol pobre da partida contra os
EUA, em que perdeu de 3 a 2.
Com boa movimentação de Figo e Sérgio Conceição, a equipe
pressionou na maior parte do
tempo. Isso seguiu mesmo após o
primeiro gol, logo aos 14min, com
Pauleta, que recebeu um cruzamento da direita, aplicou um drible e chutou forte para marcar.
No segundo tempo, sem tanta
chuva, Portugal foi ainda melhor,
principalmente após o rival passar a atacar mais e dar espaços.
Em um dos contra-ataques, aos
20min, Figo cruzou da direita para Pauleta, que se antecipou ao
seu marcador e fez o segundo.
O atacante, que havia tido fraca
atuação na estréia, fez outro belo
gol aos 32min, após driblar Waldoch duas vezes e chutar. O último gol foi de Rui Costa, que, da
pequena área, completou cruzamento de Capucho, aos 43min, e
selou a eliminação da Polônia.
Ao final, o técnico António Oliveira, muito criticado após a estréia, desabafou. "Futebol é assim.
Uma hora somos bestas e outras
bestiais. Mas, quando somos bestas, somos com dignidade", disse.
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