São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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GRUPO D/ ONTEM

Atuações de Pauleta e Figo definem vitória

Futebol de Portugal e chuva forte aparecem

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SEUL

Depois de 32 partidas em 11 dias, a chuva forte e o bom futebol de Portugal, duas das coisas mais esperadas da Copa-2002, fizeram ontem suas primeiras aparições.
Em Jeonju (Coréia do Sul), a equipe fez 4 a 0 na Polônia, com grande atuação do atacante Pauleta, autor dos três primeiros gols do jogo, no qual Portugal aplicou sua maior goleada em Mundiais.
Agora, para irem às oitavas-de-final, os portugueses precisam vencer a Coréia na última rodada. Se empatarem, terão de torcer para os EUA perderem da Polônia.
Principalmente na etapa inicial, quando teve intensidade maior, a chuva, característica da Coréia e do Japão nesta época do ano, mostrou o estrago que pode fazer em uma partida de futebol.
Com o campo molhado, as duas seleções trocaram seguidos pontapés. Foram 24 faltas na etapa, número quase 40% maior do que a média geral da Copa. Para tentar coibir a violência, o escocês Hugh Dallas aplicou cinco cartões amarelos em menos de 20 minutos.
Nunca antes um Mundial foi disputado em um lugar e em uma época tão sujeitas a chuvas. A situação deverá piorar a partir da segunda fase, na qual a previsão é de precipitações mais intensas.
No primeiro tempo do jogo de ontem, Portugal, apontado como um dos favoritos até a Copa começar, não mostrou o mesmo futebol pobre da partida contra os EUA, em que perdeu de 3 a 2.
Com boa movimentação de Figo e Sérgio Conceição, a equipe pressionou na maior parte do tempo. Isso seguiu mesmo após o primeiro gol, logo aos 14min, com Pauleta, que recebeu um cruzamento da direita, aplicou um drible e chutou forte para marcar.
No segundo tempo, sem tanta chuva, Portugal foi ainda melhor, principalmente após o rival passar a atacar mais e dar espaços.
Em um dos contra-ataques, aos 20min, Figo cruzou da direita para Pauleta, que se antecipou ao seu marcador e fez o segundo.
O atacante, que havia tido fraca atuação na estréia, fez outro belo gol aos 32min, após driblar Waldoch duas vezes e chutar. O último gol foi de Rui Costa, que, da pequena área, completou cruzamento de Capucho, aos 43min, e selou a eliminação da Polônia.
Ao final, o técnico António Oliveira, muito criticado após a estréia, desabafou. "Futebol é assim. Uma hora somos bestas e outras bestiais. Mas, quando somos bestas, somos com dignidade", disse.


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