São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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Scolari entra em litígio com fundo e barra dois jogadores

PALMEIRAS
Treinador fica irritado com assédio a Vinícius, 17

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O técnico Luiz Felipe Scolari declarou guerra ontem ao fundo DIS, braço esportivo do Grupo Sonda que detém parte dos direitos de 20 jogadores do Palmeiras.
Como primeira ação, barrou o volante Tinga, que vinha sendo titular na equipe, e o atacante Vinícius, 17 anos, uma das principais promessas da base. Ambos os jogadores têm cotas que pertencem ao DIS.
Vinícius, na verdade, é o pivô de toda a história.
Pois Scolari irritou-se com a tentativa do DIS de seduzir e levar embora a jovem promessa, que até teria recebido -e recusado- uma proposta da Udinese, da Itália.
Então ele parou de relacionar Vinícius para os jogos. E cortou Tinga até do banco de reservas na última rodada.
Questionado sobre os cortes, Scolari foi claro: "Não foi coincidência, não. Eles que pensem o que quiserem".
Em seguida, disparou. "Existe uma interferência, agiotagem, roubo, uma vergonha. Não gosto de brigar, mas quando entro na briga é para valer", disse o técnico.
"Faz seis anos que o Palmeiras gasta com ele [Vinícius]. Seis anos. Não pode chegar alguém, dar um carro, um dinheirinho por fora e prejudicar um negócio que poderia ser interessante para o menino e para o clube."
Ou seja, Tinga, que não tinha nada a ver com a história, pagou o preço de ser empresariado pelo mesmo grupo de Vinícius. Ambos provavelmente não serão utilizados amanhã, contra o Inter.
As declarações de Scolari irritaram os empresários.
"O Vinícius rejeitou uma proposta. Não fomos procurados pelo Palmeiras para renovar o contrato. O Scolari nos chamar de ladrões é um absurdo, isso nos dá liberdade para chamá-lo de outras coisas", afirmou Guilherme Miranda, do DIS.
Segundo Roberto Frizzo, vice do Palmeiras, a irritação de Scolari é "compreensível" e o clube pretende dar "total atenção" para Vinícius.
Sobre a parceria com o DIS, o dirigente disse que um litígio "prejudicaria a todos".


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