|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Um dia depois da derrota na final da Copa do Brasil, clube começa a fazer reformulação pedida por Levir Culpi
São Paulo dispensa Evair e segura Raí
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após o fracasso na final
da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, a diretoria do São Paulo começou a decidir o futuro de seus
jogadores. O atacante Evair teve o
seu contrato rescindido a pedido
do técnico Levir Culpi, enquanto
o meia Raí prolongou a sua permanência no clube.
"Já ficou certo que ele vai jogar a
Copa dos Campeões (que começa
amanhã), depois, nós vamos ver
o que acontece. Mas isso não significa que ele vai sair depois dessa
competição. O Raí vai jogar aqui
até quando ele quiser", disse o diretor de futebol são-paulino José
Dias.
Evair, contratado em janeiro, tinha compromisso com a equipe
até o final do ano e já está liberado
para negociar com outro time.
"Foi uma decisão do treinador", afirmou o diretor de futebol
do São Paulo José Dias.
Evair começou o ano como titular, mas acabou perdendo a posição para o meia-atacante Edu.
"O Levir achou que esse era o
momento certo para deixar o jogador livre para procurar por um
novo time. Todas as equipes estão
se reforçando", disse o dirigente.
Antes do jogo decisivo em Belo
Horizonte, Evair havia demonstrado a sua insatisfação no clube.
O jogador reclamou de sofrer
uma perseguição por parte da
torcida são-paulina, mas não chegou a dizer se pediria aos dirigentes para ser negociado.
A Folha telefonou ontem para o
celular do jogador, das 15h às 18h,
mas nenhuma das ligações foi
atendida.
A saída de Evair marca o início
de uma reformulação planejada
por Culpi, desde o começo do
ano. Segundo ele, a equipe tem
um "desequilíbrio", com excesso
de jogadores em algumas posições e carência em outras.
No ataque, Evair tinha França,
Edu e Sandro Hiroshi como seus
correntes.
Os meias Carlos Miguel e Souza
vivem situações parecidas com a
de Evair. Os dois viraram reservas
e pelo menos um deles deve deixar o clube.
O mais cotado para sair é Carlos
Miguel, que interessa ao Grêmio.
Na véspera da decisão da Copa do
Brasil, o presidente Paulo Amaral
garantiu a permanência dele,
mas, no dia seguinte, o jogador
deixou aberta a possibilidade de
se transferir.
Mas o próximo jogador a ter a
sua saída anunciada do clube deverá ser o atacante França, que está nos planos da diretoria da Fiorentina (Itália).
As negociações estão adiantadas e o anúncio oficial deve ser feito nos próximos dias.
A Folha apurou que o São Paulo
está negociando o jogador por um
valor inferior ao que pretendia.
Os são-paulinos esperavam arrecadar pelo menos US$ 20 milhões com a venda do jogador,
mas os italianos querem gastar
US$ 12 milhões.
A equipe italiana também tem
interesse em Leandro, da Lusa,
mas a prioridade é o são-paulino.
Os dirigentes evitam dar detalhes sobre a negociação. "Por enquanto, não tenho nada de concreto na minha mão para analisar", afirmou Dias.
Se a venda for concretizada, a
partida de anteontem contra o
Cruzeiro terá sido a última do jogador pelo São Paulo.
Na mesma situação está o zagueiro Edmílson, que foi negociado com o Arsenal (Inglaterra) e
está na seleção brasileira.
O jogador ainda não sabe quando irá se apresentar ao novo clube. Ele fará exames médicos e depois assinará contrato.
Edmílson até já acertou o seu salário com os ingleses.
Assim que Edmílson se apresentar ao Arsenal, César, do Paris
Saint-Germain chegará ao Morumbi. A compra do jogador pelo
São Paulo já foi definida.
O Olympique (França) tem interesse no atacante Marcelinho,
mas o jogador deve permanecer
na equipe brasileira.
Ontem, os jogadores do São
Paulo tiveram o dia de folga. Hoje,
eles se reapresentam ao técnico e
seguem para Maceió, onde fazem
a sua primeira partida na Copa
dos Campeões. O jogo será quarta-feira, contra o Vitória-BA.
A principal preocupação de
Culpi é conseguir motivar os jogadores para disputa, que ganhou
importância para o time com a
derrota na final da Copa do Brasil,
pois o torneio vale uma vaga na
Libertadores.
A principal meta do time este
ano e assegurar presença na disputa continental. Se vencesse a
Copa do Brasil, Culpi tentaria
convencer a diretoria a deixá-lo
usar um time reserva no torneio ,
mas teve que mudar de idéia.
Texto Anterior: Futebol - José Roberto Torero: Pé direito, pé esquerdo Próximo Texto: Ronaldinho é dúvida na seleção Índice
|