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VÔLEI
Após perder cinco titulares, seleção feminina, com base juvenil, descarta pódio e joga torneio em busca de experiência
Brasil estréia como zebra no Grand Prix
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Montada às pressas após a debandada de cinco titulares, com
uma base jovem e destreinada, a
seleção feminina estréia amanhã
no Grand Prix em busca de experiência, situação bem diferente da
que viveu nos últimos dez anos
em que figurou entre as favoritas
a todos os títulos que disputou.
O time brasileiro faz seu primeiro jogo na terceira competição
mais importante do vôlei -atrás
apenas da Olimpíada e do Mundial- contra a Alemanha na próxima madrugada, às 4h (de Brasília), em Tóquio. O Brasil é recordista em títulos do torneio. Foi
campeão em 1994, 1996 e 1998.
"Não temos o objetivo de chegar ao pódio. Queremos dar bagagem às jogadoras para chegarmos
em um nível um pouco melhor ao
Mundial [no fim de agosto"", disse o técnico Marco Aurélio Motta.
O treinador está no Japão com
um time que teve apenas cerca de
20 dias e três amistosos para adquirir entrosamento. A base é formada por atletas que conquistaram o Mundial juvenil, em 2001.
A única remanescente do time
medalha de bronze em Sydney-2000 é a meio-de-rede Karin. A
mais velha da equipe, Arlene, 32,
havia sido convocada para atuar
como líbero na seleção pela primeira vez e agora terá de jogar como atacante por causa de contusões no grupo (leia texto abaixo).
"Infelizmente, há situações que
fogem do controle. Mas será uma
boa chance de as meninas crescerem. Elas compraram a briga de
transformar o grupo em um time.
Temos tudo para fazer uma participação honrosa", disse Motta.
Os problemas da seleção atingiram o auge em meados de junho,
quando quatro titulares -Érika,
Raquel, Fofão e Walewska - pediram dispensa alegando dificuldade de relacionamento com
Motta. Em seguida, foi a vez de
Virna, por problemas pessoais.
Apesar de saber que, sem essas
cinco atletas, a seleção tem chances remotas de subir ao pódio
neste ano, a CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei) deu aval para
Motta fazer uma renovação radical, visando montar um time
competitivo para Atenas-2004.
O Brasil já enfrentou as alemãs
em dois amistosos, em junho, antes da Volley Masters, quando
contava com as titulares. Perdeu
ambos. "Elas têm um bloqueio
bem armado e um ataque forte
nas pontas. Mas estou mais preocupado com a formação do nosso
time. Esse é o foco", disse Motta.
No Grand Prix, as oito seleções
são divididas em dois grupos diferentes a cada fim de semana e jogam entre si. Após três rodadas,
as três com maior pontuação se
classificam para a fase final, que já
conta com a China, o país-sede.
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