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São Paulo tenta segurar toalha
Rogério ensaia otimismo na volta do Recife, mas admite que hexa corre risco se time perder clássico
Equipe não pode mais perder pontos, diz o técnico Muricy Ramalho, que, às vésperas de enfrentar o Palmeiras, declara não sentir pressão
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os resultados preocupam, o
próximo jogo é um clássico, a
obrigação é vencer.
Assim se manifestaram ontem os jogadores do São Paulo,
cientes de que outra derrota
pode criar sérios problemas para a campanha. A expressão da
maioria dos atletas era de seriedade, numa chegada a São Paulo (após a derrota para o Náutico) em que os muitos pedidos
de autógrafo pareciam alheios à
preocupação que o time sente.
"Se não vencermos o Palmeiras, fica bastante difícil continuarmos pensando em título",
afirmou o goleiro Rogério.
O difícil era manter um discurso otimista depois que o time entrou numa inesperada
seqüência de maus resultados:
um empate contra o frágil Ipatinga e uma derrota de virada
no Recife, anteontem.
Foi apenas a segunda derrota
são-paulina em dez jogos no
Nacional -e a primeira fora de
casa, após uma invencibilidade
de oito partidas no Brasileiro-,
mas o jogador mais experiente
da equipe já sente que é o bastante para se preocupar.
"Não podemos pensar em
outro resultado que não seja a
vitória contra o Palmeiras",
afirmou o goleiro Rogério, tentando demonstrar otimismo no
desembarque em Guarulhos
após voltar do Recife. "Alguns
times passaram dos 20 pontos,
e nós estacionamos nos 14. Não
é só o [líder] Flamengo. Mas
também os outros clubes que
estão à nossa frente."
O camisa 1 disse ser preciso
voltar a somar pontos porque
depois ficará difícil recuperar.
Sua esperança é a de que o clássico do domingo iguale as forças entre os rivais paulistas.
"Nosso time ainda não conseguiu mostrar o futebol que
todos esperam. Mas domingo é
um clássico, e os dois times vão
chegar em condições iguais",
ressaltou o goleiro.
Os outros jogadores ecoavam
o sentimento exposto por Muricy Ramalho após a derrota
para o Náutico (2 a 1): o time do
Morumbi anda abusando do direito de perder pontos.
"Temos de ganhar fora de casa e, infelizmente, não estamos
conseguindo. E, no Brasileiro,
só tem sucesso quem vence
também fora", afirmou o técnico, que declarou não se sentir
sob pressão no cargo.
Se houve espaço para satisfação, foi o fato de a equipe ter
criado mais chances diante do
Náutico. Muricy elogiou a atitude ofensiva, mas lamentou as
chances perdidas, assim como
o atacante Borges, um dos vice-artilheiros do Brasileiro, com
seis gols. Marcinho, do Flamengo, anotou sete.
"Eu mesmo só não fiz outro
gol porque o zagueiro salvou.
Mas podemos vencer o Palmeiras, vai ser outro jogo", declarou o autor do gol no Recife.
Outro que tentou manter o
otimismo na pauta do aeroporto de Cumbica foi o volante Richarlyson, que não vê motivos
para uma crise ainda.
Segundo o atleta, a responsabilidade da equipe é ganhar
moral no campo, e a grande
chance para isso é uma vitória
contra os rivais da semifinal do
Paulista, vencida pelos verdes.
"Vamos nos preparar para fazer uma grande partida", completou Richarlyson, que vive a
expectativa de ser mantido na
equipe contra o Palmeiras.
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