São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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PAINEL FC


Linha...
Assim que deixou a entrevista coletiva em que anunciou sua saída da seleção, anteontem, Luiz Felipe Scolari recebeu um telefonema: era Alvimar Perrella, vice-presidente do Cruzeiro, que lhe fez convite para retornar à Toca da Raposa.

...cruzada
"Ele agradeceu, mas disse que iria descansar no segundo semestre e que voltaríamos a conversar em 2003", resignou-se Zezé Perrella (PFL), que teria Scolari como invejável cabo eleitoral em sua campanha a uma cadeira no Senado.

Volta ao mundo
Pelo que mostra sua agenda, no entanto, o treinador gaúcho terá pouco tempo para repouso. Já confirmou palestras em quatro países até dezembro: Espanha, Polônia, Emirados Árabes Unidos e Japão.

Felipão x Gugu
De bem com a Globo desde a Copa, Scolari estará hoje no programa de Fausto Silva.

De perto
Se Ricardo Teixeira não conseguiu convencer Scolari, obteve êxito com Rodrigo Paiva, que continuará sendo o assessor de imprensa da CBF.

À distância
Amigo de Ronaldo, Paiva, que mora no Rio, continuará dando assessoria ao ainda atacante da Inter de Milão.

Rivalidade aflorada
Não é apenas com o São Paulo que os corintianos andam chateados. A cúpula do Parque São Jorge reservadamente acusa o palmeirense Mustafá Contursi de ter "atravessado" a negociação em curso com o ex-gremista Zinho, considerado o substituto ideal de Ricardinho.

Tarja pesada
Vampeta recusou o convite de Carlos Alberto Parreira para ser capitão do Corinthians. O volante disse ao treinador que a faixa lhe aperta muito o braço e que isso poderia prejudicar o seu rendimento em campo. "Sem a faixa eu já falo bastante. Imaginem com ela."

Ônus
Fábio Koff admite concordar com a proposta de Ricardo Teixeira sobre o novo calendário do futebol brasileiro, que extingue os regionais, revitaliza os Estaduais e estica o Brasileiro. Mas impõe uma condição: quer que o presidente da CBF seja a pessoa que explicará por que o quadrienal foi rasgado.
Encruzilhada
O presidente do Clube dos 13 está em uma saia justa. Ao avalizar as mudanças que lhe serão apresentadas amanhã, enterrará as ligas regionais, as mesmas entidades que fomentou em 2001.
Na defensiva
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o paulista Eduardo José Farah disse que ouvirá primeiro os afiliados da Liga Rio-SP para depois se posicionar contra o novo calendário da CBF. O dirigente ficou isolado após Eduardo Viana (Rio) ter concordado com a proposta de Teixeira.
Para crer
Farah disse que deixa a Federação Paulista em 4 ou 5 de janeiro, logo após as eleições marcadas para outubro.
Silêncio
Questionado no ar sobre o caso envolvendo Bruno Balsimelli, que recebeu R$ 2,2 milhões pela intermediação de contratos da Globo, o dirigente calou-se.
Fora do óleo
O diretor do Departamento Técnico da CBF, Virgílio Elísio, diz que a oposição que sofre entre presidentes de federações não pode ser caracterizada como fritura. Ele afirma que continua tendo o aval de Teixeira.
Panela
Elísio calcula ter o apoio de 80% dos dirigentes estaduais. Seu único adversário declarado é Carlos Alberto de Oliveira (Pernambuco), que quer seu irmão Fred no cargo.
Além-mar
O Brasileiro será televisionado em Portugal. O GNT daquele país vai exibir jogos ao vivo aos sábados e domingos.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Flávio Raupp, presidente da Liga Centro-Oeste, sobre o novo calendário:
- Estou aqui esperando uma posição da Globo e da CBF. O que não pode acontecer é ficarmos sem saber se continuaremos a existir ou não.

CONTRA-ATAQUE

Emenda pior que o soneto

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, fez um dos discursos mais alongados na homenagem prestada anteontem pela Confederação Brasileira de Vôlei aos jogadores da seleção masculina campeã olímpica em Barcelona.
A data marcou os dez anos da vitória sobre a Holanda, na decisão dos Jogos, por 3 sets a 0, o primeiro ouro em esportes coletivos do Brasil. Quase todos os atletas daquele time -com exceção de Janelson e Tande- estiveram na cerimônia, realizada no Museu Brasileiro da Escultura, nos Jardins, em São Paulo.
Em certo momento de seu discurso, Nuzman, que era presidente da CBV na época da conquista olímpica, destacou o papel de Maurício, que ainda integra a equipe brasileira:
- O Maurício é o grande capitão da seleção brasileira.
Diante da platéia, que corrigiu Nuzman -Nalbert é o atual capitão do time brasileiro-, o presidente do COB emendou:
- O Bernardinho precisa corrigir essa injustiça, afirmou, diante de um constrangido Nalbert, presente na festa.


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