São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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FUTEBOL

No Mineirão, Parreira quer Vampeta e Renato na função de Ricardinho

Acéfalo, Corinthians tenta evitar chutão em estréia

DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a presença do meia Ricardinho praticamente descartada durante o Campeonato Brasileiro, o Corinthians passará hoje pelo seu primeiro teste sem o "cérebro do time", como definiu o próprio técnico Carlos Alberto Parreira.
No Mineirão, diante do Atlético-MG, às 16h, em Belo Horizonte, a equipe colocará à prova seu poder de organização e tentará evitar que as jogadas fiquem restritas aos "chutões".
No último Torneio Rio-São Paulo, vencido pelo time de Parque São Jorge, Ricardinho não atuou em 2 dos 17 jogos do clube.
Segundo levantamento do Datafolha, o número de lançamentos feitos pelo time de Parreira na competição mais que dobrou com a ausência do meia na equipe -passou de 8,7 para 20,5.
Os números também revelam que o total de passes caiu de 418 para 385 quando Ricardinho não esteve em campo.
"O Ricardinho vai deixar saudades não porque vamos esquece-lo, mas, sim, porque temos de aprender a jogar sem ele. Será uma fase de transição demorada", afirmou o treinador corintiano.
Para tentar suprir a deficiência, Parreira designou a incumbência de municiar seus atacantes a dois jogadores -o volante Vampeta, que completa hoje 200 partidas com a camisa do Corinthians, e o meia Renato, que assumiu a vaga de Ricardinho no time.
Entrando frequentemente no segundo tempo das partidas do Rio-São Paulo, Renato tem um aproveitamento de passes inferior ao do antigo capitão corintiano -86,2% contra 89,7%. Já o volante Vampeta teve média ligeiramente superior, 90,8%.
"Para não perdermos o poder de organização e a rapidez do primeiro semestre, o Renato precisa cumprir sua função, e o Vampeta tem de assumir mais o jogo para ele", afirmou Parreira.
Além da participação efetiva na articulação das jogadas do Corinthians, o treinador também designou à Vampeta a função de comandar o time dentro de campo.
Mas quem deve assumir o posto de capitão no lugar de Ricardinho deve ser Scheidt. "Nunca me preocupei com essa coisa de capitão, o Vampeta é campeão mundial e tem carisma para liderar a equipe. Para isso não precisa ser capitão", disse o treinador, que, no entanto, ofereceu a faixa ao volante para, em seguida, ouvir não.

Ataque
Mesmo sem Ricardinho, Parreira afirmou que não abre mão de atuar com três atacantes, esquema que garantiu ao Corinthians, além do título do Rio-São Paulo, a conquista da Copa do Brasil, que assegurou a presença do clube na Libertadores do próximo ano.
Mas, o ataque corintiano estará debilitado na partida de hoje.
Além da ausência de Guilherme, contratado na última quarta-feira, a presença de Leandro na equipe também foi descartada. O jogador se recupera de uma contratura muscular na coxa direita.
Para seu lugar, Parreira confirmou o atacante Luciano Ratinho.
O treinador tem uma dúvida. Deivid, que se recuperou na última semana de uma lesão, e Gilmar disputam a última vaga no ataque, já que a presença de Gil foi confirmada pelo treinador.


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