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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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Tayanne Mantovaneli obtém o 1º pódio individual na modalidade com um bronze, mas equipes roubam a cena

GRD domina nos conjuntos e leva 2 ouros

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

A equipe de ginástica rítmica desportiva do Brasil conquistou mais dois ouros para o país.
A primeira medalha foi obtida no conjunto de cinco fitas -aplaudidas de pé, as brasileiras receberam 25.300 pontos. Cuba, em segundo, ficou com 18.400. As canadenses, terminaram com a terceira posição, com 17.250.
A segunda medalha, também por conjunto, foi na bola com arco. A pontuação do Brasil totalizou 23.250. Cuba levou a medalha de prata, com 19.900 pontos, e o Canadá, a de bronze, com 18.450.
Ao todo, as brasileiras ganharam três ouros por conjunto -na véspera, a GRD havia conquistado o primeiro, no conjunto geral, quando também acabaram sua apresentação ovacionadas pelo público. Em Winnipeg-99, as brasileiras só haviam vencido no conjunto geral -a prova de cinco fitas debutou em Santo Domingo.
Além dos três ouros, que ajudaram o Brasil a superar o Canadá no quadro de medalhas do Pan -está em terceiro lugar-, a GRD nacional, pela primeira vez, ganhou uma medalha em prova individual. Ela foi obtida por Tayanne Mantovaneli, 16, na prova de maça. A paulista, radicada no Espírito Santo, onde estuda direito, fez uma apresentação ao som de ""Aquarela do Brasil" e axé.
No conjunto de cinco fitas, a equipe teve a presença de Ana Maria Maciel, 15, Dayane Camilo, 25, Gabriela Andrioli, 17, Natália Eidt, 17, e Thalita Nakadomari, 18.
Na bola com arco, a alteração foi a saída de Natália e a entrada de Fernanda Cavalieri, 17.
Com os resultados de Santo Domingo, Bárbara Laffranchi, chefe da equipe de GRD, quer pressionar o Comitê Olímpico Brasileiro para obter mais recursos para a modalidade, além de pelo menos uma vaga para os Jogos de Atenas.
É que o Pan não é classificatório para a Olimpíada. Em setembro, as atletas disputarão o Mundial de Budapeste, na Hungria, que servirá como Pré-Olímpico -haverá oito vagas em disputa. Outras duas vagas para Atenas podem ser preenchidas por convite.
""Sei que o Nuzman [Carlos Arthur, presidente do COB] não aceita [que atletas brasileiros participem da Olimpíada] por convite, mas vamos tentar convencê-lo a abrir uma exceção para nós. Os ouros [no Pan] devem convencê-lo disso", afirmou Laffranchi.
Em relação ao dinheiro, a intenção da Confederação Brasileira de Ginástica, que no ano passado recebeu R$ 900 mil da Lei Piva, é abocanhar um maior filão dos recursos das loterias da Caixa.
""Acho justo que o COB premie as equipes que tenham o melhor resultado. Nós mostramos que estamos aplicando bem o dinheiro. Se investirem ainda mais, os resultados serão ainda melhores", afirmou a chefe de equipe.
Segundo ela, graças ao repasse de verbas da Lei Piva, as atletas puderam fazer duas viagens internacionais neste ano, uma para a França, outra para a Alemanha. ""Ainda é pouco, mas melhor do que Winnipeg. Naquele ano, fizemos uma viagem antes do Pan."
Existe, no entanto, uma outra diferença importante em relação a 1999. Nos Jogos de Winnipeg-99, a GRD disputava apenas duas medalhas. Agora, em Santo Domingo, passaram a ser oito.
""É que antes havia apenas um ouro por equipe e outro individual. O número de medalhas aumentou e, se o Brasil sonha em ficar em terceiro lugar [no quadro de medalhas, projeto do COB para o Pan do Rio-07], precisamos investir mais em esporte", disse. (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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