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Tayanne Mantovaneli obtém o 1º pódio individual na modalidade com um bronze, mas equipes roubam a cena
GRD domina nos conjuntos e leva 2 ouros
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
A equipe de ginástica rítmica
desportiva do Brasil conquistou
mais dois ouros para o país.
A primeira medalha foi obtida
no conjunto de cinco fitas
-aplaudidas de pé, as brasileiras
receberam 25.300 pontos. Cuba,
em segundo, ficou com 18.400. As
canadenses, terminaram com a
terceira posição, com 17.250.
A segunda medalha, também
por conjunto, foi na bola com arco. A pontuação do Brasil totalizou 23.250. Cuba levou a medalha
de prata, com 19.900 pontos, e o
Canadá, a de bronze, com 18.450.
Ao todo, as brasileiras ganharam três ouros por conjunto -na
véspera, a GRD havia conquistado o primeiro, no conjunto geral,
quando também acabaram sua
apresentação ovacionadas pelo
público. Em Winnipeg-99, as brasileiras só haviam vencido no
conjunto geral -a prova de cinco
fitas debutou em Santo Domingo.
Além dos três ouros, que ajudaram o Brasil a superar o Canadá
no quadro de medalhas do Pan
-está em terceiro lugar-, a
GRD nacional, pela primeira vez,
ganhou uma medalha em prova
individual. Ela foi obtida por Tayanne Mantovaneli, 16, na prova
de maça. A paulista, radicada no
Espírito Santo, onde estuda direito, fez uma apresentação ao som
de ""Aquarela do Brasil" e axé.
No conjunto de cinco fitas, a
equipe teve a presença de Ana
Maria Maciel, 15, Dayane Camilo,
25, Gabriela Andrioli, 17, Natália
Eidt, 17, e Thalita Nakadomari, 18.
Na bola com arco, a alteração foi
a saída de Natália e a entrada de
Fernanda Cavalieri, 17.
Com os resultados de Santo Domingo, Bárbara Laffranchi, chefe
da equipe de GRD, quer pressionar o Comitê Olímpico Brasileiro
para obter mais recursos para a
modalidade, além de pelo menos
uma vaga para os Jogos de Atenas.
É que o Pan não é classificatório
para a Olimpíada. Em setembro,
as atletas disputarão o Mundial de
Budapeste, na Hungria, que servirá como Pré-Olímpico -haverá
oito vagas em disputa. Outras
duas vagas para Atenas podem
ser preenchidas por convite.
""Sei que o Nuzman [Carlos Arthur, presidente do COB] não
aceita [que atletas brasileiros participem da Olimpíada] por convite, mas vamos tentar convencê-lo
a abrir uma exceção para nós. Os
ouros [no Pan] devem convencê-lo disso", afirmou Laffranchi.
Em relação ao dinheiro, a intenção da Confederação Brasileira de
Ginástica, que no ano passado recebeu R$ 900 mil da Lei Piva, é
abocanhar um maior filão dos recursos das loterias da Caixa.
""Acho justo que o COB premie
as equipes que tenham o melhor
resultado. Nós mostramos que estamos aplicando bem o dinheiro.
Se investirem ainda mais, os resultados serão ainda melhores",
afirmou a chefe de equipe.
Segundo ela, graças ao repasse
de verbas da Lei Piva, as atletas
puderam fazer duas viagens internacionais neste ano, uma para a
França, outra para a Alemanha.
""Ainda é pouco, mas melhor do
que Winnipeg. Naquele ano, fizemos uma viagem antes do Pan."
Existe, no entanto, uma outra
diferença importante em relação
a 1999. Nos Jogos de Winnipeg-99, a GRD disputava apenas duas
medalhas. Agora, em Santo Domingo, passaram a ser oito.
""É que antes havia apenas um
ouro por equipe e outro individual. O número de medalhas aumentou e, se o Brasil sonha em ficar em terceiro lugar [no quadro
de medalhas, projeto do COB para o Pan do Rio-07], precisamos
investir mais em esporte", disse.
(EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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