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São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

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MEMÓRIA

Confronto já teve influência no pregão da Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

Gary Kasparov proclamou-se o "defensor da honra da humanidade" antes da revanche contra o Deep Blue, em 1997.
Dizia que uma vitória do computador demonstraria a superioridade da inteligência artificial em relação à humana. Sua atitude trouxe holofotes e dinheiro para o confronto, mas quem brilhou foi a máquina.
Vencedor do duelo, o Deep Blue fez as ações da IBM subirem em Wall Street. A cotação atingiu US$ 173,50, alta de 3,6%. Foi o maior índice atingido pela empresa desde 1986.
O revés não foi digerido de imediato. Kasparov insinuou que a IBM estaria manipulando, descartando, por conta própria, as jogadas "imbecis" e reduzindo as alternativas para o computador analisar.
"Kasparov tem uma mente brilhante. Ele percebeu até onde a tecnologia pode nos levar", ironizou, na época, Chung-jen Tan, executivo da IBM.
Feliz com o resultado do confronto, a empresa cogitou até repetir o duelo, mas esbarrou nas exigências do enxadrista. Kasparov pedia dez partidas na nova série, em um período de 20 dias. "Não é justo um ser humano disputar uma partida atrás da outra. O homem precisa de descanso." (GR)

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