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MEMÓRIA
Confronto já teve influência no pregão da Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Gary Kasparov proclamou-se o "defensor da honra da humanidade" antes da revanche
contra o Deep Blue, em 1997.
Dizia que uma vitória do
computador demonstraria a
superioridade da inteligência
artificial em relação à humana.
Sua atitude trouxe holofotes e
dinheiro para o confronto, mas
quem brilhou foi a máquina.
Vencedor do duelo, o Deep
Blue fez as ações da IBM subirem em Wall Street. A cotação
atingiu US$ 173,50, alta de
3,6%. Foi o maior índice atingido pela empresa desde 1986.
O revés não foi digerido de
imediato. Kasparov insinuou
que a IBM estaria manipulando, descartando, por conta
própria, as jogadas "imbecis" e
reduzindo as alternativas para
o computador analisar.
"Kasparov tem uma mente
brilhante. Ele percebeu até onde a tecnologia pode nos levar",
ironizou, na época, Chung-jen
Tan, executivo da IBM.
Feliz com o resultado do confronto, a empresa cogitou até
repetir o duelo, mas esbarrou
nas exigências do enxadrista.
Kasparov pedia dez partidas na
nova série, em um período de
20 dias. "Não é justo um ser humano disputar uma partida
atrás da outra. O homem precisa de descanso."
(GR)
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