São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

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Painel FC

Rodrigo Mattos (interino) @ - painelfc.folha@uol.com.br

Sem fundo

Quase de volta à Série A, o Atlético-MG está nas mãos do seu presidente, Ricardo Guimarães, a quem o clube já deve mais de R$ 50 milhões. É o que aponta documento do Conselho Fiscal do clube, entregue ao Ministério Público Estadual. Conselheiros constataram que os empréstimos do dirigente, como pessoa física, ao time cobram 2,35% de juros ao mês. Pela estimativa do Conselho Fiscal, o débito do Atlético-MG com o cartola chegará a R$ 130 milhões em 2009. Isso fora a dívida com o BMG, banco de Guimarães.

Lupa. O Ministério Público Estadual verifica se houve má gestão no Atlético-MG. E vai analisar a legalidade dos juros cobrados por Ricardo Guimarães do clube. Procurado pela Folha ontem, no celular, Guimarães não foi encontrado.

Alavanca. Perto do título do Brasileiro, o São Paulo festeja marca recorde na venda de camisas: 400 mil no ano. E o batismo no clube tem mil pessoas na lista de espera.

Esperança. A diretoria do Internacional recusa-se a discutir a possibilidade de poupar titulares no Brasileiro, em caso de título antecipado são-paulino. Motivo: entende que assim mostrará aos jogadores que desistiu da competição.

Disputa. Para votar na eleição presidencial de segunda-feira, 1.300 sócios do Vasco terão de provar que os títulos são legítimos. É a decisão judicial obtida pela oposição, liderada por Roberto Dinamite. O grupo acusa o presidente Eurico Miranda de fraudes.

Vigília. Segundo a Justiça, policiais vão ao Vasco pela lisura e segurança da eleição.

Reversão. O grupo de Eurico tentava derrubar a decisão ontem: dizia que policiais não entrariam em São Januário.

Substituto. Dirigentes do Corinthians dizem que a saída do meia Carlos Alberto abrirá espaço para a chegada de outro jogador. Isso porque ele tem salário de R$ 250 mil. Mas não admitem liberá-lo sem nada receber em troca.

Na Justiça. Carlos Alberto ainda tenta um acordo para obter a dispensa do vínculo do Corinthians, porém já tem os argumentos para pedir sua saída por meio da Justiça.

Temor. Causou preocupação no grupo do presidente Alberto Dualib a notícia de que Kia Joorabchian, da parceira MSI, juntou documentos para atacar o dirigente. Teme quais papéis o iraniano vai apresentar à imprensa.

Amiguinhos. Após ameaçar fazer denúncias contra aliados, o diretor palmeirense Salvador Hugo Palaia não fez nada e selou a paz com o vice José Cyrillo Jr., que seria seu principal alvo. Os dois dirigentes têm conversado como se nada tivesse acontecido.

De olho. No Conselho Deliberativo, o grupo de Mustafá Contursi promete cobrar de Palaia as denúncias contra outros membros da diretoria. Conselheiros avaliam que ele fez um acordo com Cyrillo Jr. para permanecer calado.

Dividida

"O que o clube [Corinthians] fez é um absurdo. Carlos Alberto pode recorrer [à Justiça] para sair de lá"


Da advogada GISLAINE NUNES, que prestou consultoria a Carlos Alberto, sobre as punições impostas ao atleta pela diretoria corintiana


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