São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002

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TÊNIS

Fica para a história

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, André Sá e Flávio Saretta já estão treinando para o próximo ano. Em todo o mundo, os melhores tenistas, se não voltaram aos treinos, estão debruçados sobre o calendário para definir onde e quando jogam.
A temporada de 2003, aliás, começa em 30 de dezembro de 2002, com jogos na Índia, na Austrália e no Qatar. Vai ter também o Challenger de São Paulo nesta virada de ano. Ainda assim, esta coluna deve, mais uma vez, deixar registrada as grandes sacadas deste ano, que, ufa, chega ao fim. Como base, mais vez a tradicional pesquisa do site Tenisbrasil.
Neste ano, não há discussão. Melhor tenista só pode ser Lleyton Hewitt, à frente de Andre Agassi, Marat Safin e Carlos Moyá. No feminino, Serena Williams, melhor que Venus Williams, Jennifer Capriati e Kim Clijsters.
E o melhor jogo da temporada? Moyá salvou match points para vencer Sebastien Grosjean em Paris e seguir para o Masters, Kuerten fez a festa brasileira ao bater Guillermo Coria na Bahia, mas como ignorar o histórico Sampras x Agassi na final do Aberto dos Estados Unidos?
O melhor torneio: as opções são os quatro Grand Slams e o Masters em Xangai. Simples: na Austrália, deu Thomas Johansson; na França, Albert Costa; em Wimbledon, Hewitt passeou na final sobre David Nalbadian. E o Masters, na verdade, foi definido antes das semifinais. Novamente, como ignorar Sampras x Agassi e o confronto das irmãs Williams no Aberto dos EUA?
Os tenistas que evoluíram neste ano também merecem menção. No masculino, David Nalbadian, Paradorn Srichaphan e Paul-Henri Mathieu. Mas o voto fica com Fernando González, o chileno que, além de terminar o ano uma posição à frente do tailandês Srichaphan, mostrou evolução nos golpes e na parte psicológica.
No feminino, a evolução marcante é a de Daniela Hantuchova, que mostrou ser mais do que um rostinho e um par de pernas bonitinhos no circuito. Entre os brasileiros, André Sá apresentou um crescimento que havia anos esperávamos. Que continue evoluindo em 2003 também!
Já a decepção... Sentimos falta de Jennifer Capriati, queríamos mais de Jelena Dokic e não vimos Ievguêni Kafelnikov. Mas Martina Hingis deixou muitas, muitas saudades.
A frustração da temporada? Sinceramente? A ausência de Venus Williams no Torneio da Costa do Sauípe. Nada contra ela não ir, mas, de tanto que falaram, ficou aquela sensação de fracasso, frustração visível para quem foi até lá, pagando caro, e não viu a moça.
A surpresa do ano não foi Sampras ganhar o Aberto dos EUA. Sinceramente (modestamente), esta coluna dizia que o velho não estava tão velho assim. Surpresa foi ver o "chicano" David Nalbadian na final de Wimbledon.
As irmãs Williams também não podiam passar despercebidas. Se até o ano passado o fato de duas irmãs disputarem uma final de Grand Slam era um fato de outro mundo, neste ano elas fizeram disso uma constante. Fato de outro mundo, agora, é não ver as irmãs nas finais.
E a pesquisa Tenisbrasil termina com um singelo "o meu sonho para 2003 é...". Como este colunista não aprende, vai seco na alternativa "uma quadra pública na minha cidade"... Será?

Nova geração
Oito brasileiros disputam o Orange Bowl (Miami). Lucas Abella e Rebeca Neves na categoria 12 anos; Victor Vaz, Roxane Vaisemberg e Fernanda Hermenegildo, na 14. Na categoria 16 anos, Jenifer Widjaja. Na 18, Larissa Carvalho caiu, e Marina Tavares avançou.

Novo otimismo
Não é o fim do mundo a Suécia ter escolhido o carpete para o confronto da Davis. Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni e André Sá conhecem bem esse tipo de piso, bastante usado na temporada européia indoor. "Nossos jogadores têm confiança de que podem ser competitivos em qualquer quadra", avisa Ricardo Acioly.

Nova temporada
André Sá não tem mais Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, como técnico. A parceria acabou anteontem. "Nossos objetivos não são os mesmos daqui para frente e decidimos parar por aqui", diz Sá.

E-mail reandaku@uol.com.br


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