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TÊNIS
Fica para a história
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Gustavo Kuerten, Fernando
Meligeni, André Sá e Flávio
Saretta já estão treinando para o
próximo ano. Em todo o mundo,
os melhores tenistas, se não voltaram aos treinos, estão debruçados
sobre o calendário para definir
onde e quando jogam.
A temporada de 2003, aliás, começa em 30 de dezembro de 2002,
com jogos na Índia, na Austrália
e no Qatar. Vai ter também o
Challenger de São Paulo nesta virada de ano. Ainda assim, esta
coluna deve, mais uma vez, deixar registrada as grandes sacadas
deste ano, que, ufa, chega ao fim.
Como base, mais vez a tradicional pesquisa do site Tenisbrasil.
Neste ano, não há discussão.
Melhor tenista só pode ser Lleyton
Hewitt, à frente de Andre Agassi,
Marat Safin e Carlos Moyá. No feminino, Serena Williams, melhor
que Venus Williams, Jennifer Capriati e Kim Clijsters.
E o melhor jogo da temporada?
Moyá salvou match points para
vencer Sebastien Grosjean em Paris e seguir para o Masters, Kuerten fez a festa brasileira ao bater
Guillermo Coria na Bahia, mas
como ignorar o histórico Sampras
x Agassi na final do Aberto dos
Estados Unidos?
O melhor torneio: as opções são
os quatro Grand Slams e o Masters em Xangai. Simples: na Austrália, deu Thomas Johansson; na
França, Albert Costa; em Wimbledon, Hewitt passeou na final
sobre David Nalbadian. E o Masters, na verdade, foi definido antes das semifinais. Novamente,
como ignorar Sampras x Agassi e
o confronto das irmãs Williams
no Aberto dos EUA?
Os tenistas que evoluíram neste
ano também merecem menção.
No masculino, David Nalbadian,
Paradorn Srichaphan e Paul-Henri Mathieu. Mas o voto fica com
Fernando González, o chileno
que, além de terminar o ano uma
posição à frente do tailandês Srichaphan, mostrou evolução nos
golpes e na parte psicológica.
No feminino, a evolução marcante é a de Daniela Hantuchova,
que mostrou ser mais do que um
rostinho e um par de pernas bonitinhos no circuito. Entre os brasileiros, André Sá apresentou um
crescimento que havia anos esperávamos. Que continue evoluindo
em 2003 também!
Já a decepção... Sentimos falta
de Jennifer Capriati, queríamos
mais de Jelena Dokic e não vimos
Ievguêni Kafelnikov. Mas Martina Hingis deixou muitas, muitas
saudades.
A frustração da temporada?
Sinceramente? A ausência de Venus Williams no Torneio da Costa do Sauípe. Nada contra ela não
ir, mas, de tanto que falaram, ficou aquela sensação de fracasso,
frustração visível para quem foi
até lá, pagando caro, e não viu a
moça.
A surpresa do ano não foi Sampras ganhar o Aberto dos EUA.
Sinceramente (modestamente),
esta coluna dizia que o velho não
estava tão velho assim. Surpresa
foi ver o "chicano" David Nalbadian na final de Wimbledon.
As irmãs Williams também não
podiam passar despercebidas. Se
até o ano passado o fato de duas
irmãs disputarem uma final de
Grand Slam era um fato de outro
mundo, neste ano elas fizeram
disso uma constante. Fato de outro mundo, agora, é não ver as irmãs nas finais.
E a pesquisa Tenisbrasil termina com um singelo "o meu sonho
para 2003 é...". Como este colunista não aprende, vai seco na alternativa "uma quadra pública na
minha cidade"... Será?
Nova geração
Oito brasileiros disputam o Orange Bowl (Miami). Lucas Abella e
Rebeca Neves na categoria 12 anos; Victor Vaz, Roxane Vaisemberg e Fernanda Hermenegildo, na 14. Na categoria 16 anos, Jenifer
Widjaja. Na 18, Larissa Carvalho caiu, e Marina Tavares avançou.
Novo otimismo
Não é o fim do mundo a Suécia ter escolhido o carpete para o confronto da Davis. Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni e André Sá
conhecem bem esse tipo de piso, bastante usado na temporada européia indoor. "Nossos jogadores têm confiança de que podem ser
competitivos em qualquer quadra", avisa Ricardo Acioly.
Nova temporada
André Sá não tem mais Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, como
técnico. A parceria acabou anteontem. "Nossos objetivos não são
os mesmos daqui para frente e decidimos parar por aqui", diz Sá.
E-mail reandaku@uol.com.br
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