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ATLETISMO
Atleta recebe pena recorde no caso Balco
DA REPORTAGEM LOCAL
A cruzada antidoping nos EUA
teve mais um capítulo ontem,
com o anúncio da punição da velocista Michelle Collins, 33.
A competidora recebeu suspensão de oito anos por suas ligações
com o Balco, laboratório que se
tornou pivô do maior escândalo
de doping do atletismo dos EUA.
Além da sentença, a atleta também teve anulados seus resultados desde 1º de fevereiro de 2002.
É o castigo mais extenso entre os
envolvidos com a empresa.
De acordo com a Corte Norte-Americana de Arbitragem do Esporte, "a Usada [agência antidoping dos EUA] provou, sem qualquer sombra de dúvida, que Collins tomou EPO, testosterona em
gel e THG e que usou essas substâncias para melhorar sua performance e iludir os testes antidoping a que foi submetida".
Collins praticamente teve a carreira encerrada. Só poderá voltar
às pistas aos 41 anos, idade inviável para obter bons resultados.
Punida para o futuro, ela também
viu seu passado ser apagado dos
registros. Terá cassada a medalha
que representa sua maior façanha, o título dos 200 m do Mundial indoor de Birmingham-2003.
Ironicamente, outra culpada
por doping, Anastasiya Kapachinskaya, ascenderá um degrau
do pódio, do bronze para a prata.
A russa foi flagrada em março e
cumpre dois anos de suspensão.
A Usada divulgou que 13 atletas
já foram punidos por suas ligações com o Balco, cujo proprietário é Victor Conte. O laboratório
fabricava o THG, esteróide anabólico detectado no ano passado.
Além disso, segundo investigações, fornecia programas sistemáticos de dopagem para atletas.
Um deles teria sido seguido por
Tim Montgomery para superar o
recorde mundial dos 100 m.
"Nos últimos meses, a Usada
tem se dedicado a descobrir a verdade sobre os atletas que participaram da conspiração do Balco.
Nosso esforço é para proteger os
direitos da maioria que não usa
drogas", destacou Terry Madden,
diretor-executivo da Usada.
Com agências internacionais
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