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Irmãos Hypólito tentam quebrar tabu
DO ENVIADO A BIRMINGHAM
Os irmãos Diego e Daniele
Hypólito abrem hoje a participação brasileira na finalíssima da
Copa do Mundo de ginástica
diante de desafio histórico: se tornarem os primeiros latino-americanos a subirem ao pódio.
Nunca, desde 1975, quando foi
criado o torneio, ou 98, quando a
disputa passou a ser feita por aparelhos, um ginasta da região conquistou uma medalha na finalíssima, que só perde em importância
para a Olimpíada e o Mundial.
"Nos Jogos Olímpicos, é mais
complicado e precisamos de mais
um pouco de tempo para chegar
ao pódio. Mas na Copa já é hora
de a gente acabar com esse tabu e
temos reais chances agora", afirmou Daniele, que coincidentemente é dona da melhor marca latino-americana em finalíssimas.
Única atleta do país a ter disputado uma Super Final, em Sttutgart-2002, Daniele obteve um
quarto lugar, na trave.
Agora, na Inglaterra, ela entra
no National Indoor Arena com o
status de ser a única entre as 21
atletas a disputar a final de três
aparelhos (trave, solo e paralelas).
"Em 2002, havia um deslumbramento, e eu tinha só o objetivo
de participar. Agora é diferente.
Estou mais madura, experiente.
Venho para lutar por medalha."
Ginasta brasileira que mais foi a
pódio na Copa do Mundo -dez
medalhas-, Daniele, porém, não
atua em Birmingham tão gabaritado quanto seu irmão Diego.
Após quatro ouros seguidos, ele
é considerado favorito no solo, ao
lado do romeno Marian Dragulesco, prata nos Jogos de Atenas.
"Estou embalado, minha série é
muito boa. Vou mantê-la para
chegar ao pódio", afirmou.
Além dos brasileiros, só o venezuelano Regulo Carmona compete pela América Latina.
(CCP)
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