São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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Boquita, 18, sai do banco e salva Corinthians no fim

Meia faz gol, o 1º como profissional, e abre caminho para a vitória contra o Mogi

Corinthians 2
Mogi Mirim 0

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians 2009 se reforçou com atletas de nome. Trouxe até Ronaldo na esperança de fazer da temporada de volta à elite nacional um ano glorioso.
Mas, ontem, quem salvou o alvinegro de um resultado ruim dentro de casa foi um jovem jogador, ainda pouco conhecido, que com seu primeiro gol como profissional abriu caminho para os 2 a 0 que mantiveram a equipe na vice-liderança do Paulista, com 17 pontos.
Colocação que pelo menos até o clássico com o São Paulo o time não perderá, mesmo se o rival vencer hoje a Ponte Preta.
No fim do jogo, Boquita acertou aquele que então era apenas o quarto chute certo do Corinthians na partida -num universo de 19 tentativas- e balançou a rede do Pacaembu.
"Eu estava numa noite feliz. No bate-rebate, eu fiz o gol", foram as primeiras palavras do meia de apenas 18 anos após o primeiro gol da carreira.
Com a breve, mas marcante atuação ontem, Boquita já passou a cavar um lugar no duelo do fim de semana contra o arquirrival. "Eu vou esperar pelo Mano, mas, se eu jogar um pouquinho, está bom."
Até Boquita entrar e marcar, porém, o Corinthians sofreu com os testes que Mano Menezes promoveu no jogo e com seus próprios erros.
Mano trocou o 4-5-1, com três meias e dois volantes no meio, por um 3-5-2 em que Diogo e André Santos atuavam como alas, livres para atacar. Na cobertura, ficavam Chicão, pela direita, e o estreante Escudero, pela esquerda.
O Mogi Mirim começou o jogo com a proposta de uma marcação individual em todos os corintianos do sistema ofensivo. Com isso, só os três zagueiros do time alvinegro, além de Fabinho e Elias, atuavam com liberdade. Na prática, a retranca do Mogi atraía o rival para perto de seu gol. Mas o Corinthians não soube transformar isso em vantagem no placar.
No segundo tempo, Mano Menezes mudou de novo. Trocou o estático Souza por Otacílio Neto. "Queríamos mais movimentação. O time deles marcou bem, mas nós ajudamos um pouquinho", disse Mano.
A movimentação de Otacílio, porém, só serviu para que o atacante fizesse uma falta e levasse o terceiro amarelo, que o tira do clássico com o São Paulo.
Com a dificuldade corintiana de criar jogadas que levassem perigo ao seu gol, o Mogi Mirim começou a se arriscar mais.
Mas, quando o jogo já caminhava para um insosso 0 a 0, Boquita, que acabara de entrar na partida, abriu o placar, aos 40min da etapa final.
Ainda houve tempo para que Chicão ampliasse. O zagueiro chegou a seu sexto gol no Paulista cobrando pênalti sofrido por Lulinha. O camisa 19, que havia entrado sozinho na área, dividiu a bola com o goleiro Fabiano Heves e caiu. O árbitro marcou a penalidade.
"A gente teve dificuldade de vencer, mas agora é pensar no clássico. Em clássico, é tudo novo", disse o capitão William.


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