|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Boquita, 18, sai do banco e salva Corinthians no fim
Meia faz gol, o 1º como profissional, e abre caminho para a vitória contra o Mogi
Corinthians 2
Mogi Mirim 0
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians 2009 se reforçou com atletas de nome. Trouxe até Ronaldo na esperança de
fazer da temporada de volta à
elite nacional um ano glorioso.
Mas, ontem, quem salvou o
alvinegro de um resultado ruim
dentro de casa foi um jovem jogador, ainda pouco conhecido,
que com seu primeiro gol como
profissional abriu caminho para os 2 a 0 que mantiveram a
equipe na vice-liderança do
Paulista, com 17 pontos.
Colocação que pelo menos
até o clássico com o São Paulo o
time não perderá, mesmo se o
rival vencer hoje a Ponte Preta.
No fim do jogo, Boquita acertou aquele que então era apenas o quarto chute certo do Corinthians na partida -num
universo de 19 tentativas- e
balançou a rede do Pacaembu.
"Eu estava numa noite feliz.
No bate-rebate, eu fiz o gol", foram as primeiras palavras do
meia de apenas 18 anos após o
primeiro gol da carreira.
Com a breve, mas marcante
atuação ontem, Boquita já passou a cavar um lugar no duelo
do fim de semana contra o arquirrival. "Eu vou esperar pelo
Mano, mas, se eu jogar um pouquinho, está bom."
Até Boquita entrar e marcar,
porém, o Corinthians sofreu
com os testes que Mano Menezes promoveu no jogo e com
seus próprios erros.
Mano trocou o 4-5-1, com
três meias e dois volantes no
meio, por um 3-5-2 em que
Diogo e André Santos atuavam
como alas, livres para atacar.
Na cobertura, ficavam Chicão,
pela direita, e o estreante Escudero, pela esquerda.
O Mogi Mirim começou o jogo com a proposta de uma marcação individual em todos os
corintianos do sistema ofensivo. Com isso, só os três zagueiros do time alvinegro, além de
Fabinho e Elias, atuavam com
liberdade. Na prática, a retranca do Mogi atraía o rival para
perto de seu gol. Mas o Corinthians não soube transformar
isso em vantagem no placar.
No segundo tempo, Mano
Menezes mudou de novo. Trocou o estático Souza por Otacílio Neto. "Queríamos mais movimentação. O time deles marcou bem, mas nós ajudamos um
pouquinho", disse Mano.
A movimentação de Otacílio,
porém, só serviu para que o atacante fizesse uma falta e levasse
o terceiro amarelo, que o tira do
clássico com o São Paulo.
Com a dificuldade corintiana
de criar jogadas que levassem
perigo ao seu gol, o Mogi Mirim
começou a se arriscar mais.
Mas, quando o jogo já caminhava para um insosso 0 a 0,
Boquita, que acabara de entrar
na partida, abriu o placar, aos
40min da etapa final.
Ainda houve tempo para que
Chicão ampliasse. O zagueiro
chegou a seu sexto gol no Paulista cobrando pênalti sofrido
por Lulinha. O camisa 19, que
havia entrado sozinho na área,
dividiu a bola com o goleiro Fabiano Heves e caiu. O árbitro
marcou a penalidade.
"A gente teve dificuldade de
vencer, mas agora é pensar no
clássico. Em clássico, é tudo novo", disse o capitão William.
Texto Anterior: Em Marília, Santos testa trabalho de seis meses Próximo Texto: Saga: Souza zera de novo, recebe vaias, é substituído e pede paciência Índice
|