São Paulo, domingo, 12 de março de 2000


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PAINEL FC


Estádio na Febem
O Corinthians estudou erguer seu novo estádio onde é hoje a Febem Tatuapé, na av. Celso Garcia, perto de duas estações do metrô e onde está a maioria dos corintianos da cidade. O clube iria propor ao governo estadual a troca da área pela que possui em comodato na rodovia Ayrton Senna.

Apelo sentimental
Os dirigentes corintianos apostavam na paixão do governador Mário Covas pelo futebol. Santista declarado, Covas não relutaria, segundo os dirigentes, em ajudar, se pudesse, o clube com maior torcida no Estado de São Paulo. Ainda mais num ano de eleição.

Empecilho
O Corinthians só desistiu da idéia por causa do prazo estimado para a retirada dos menores -pelo menos dois anos-, segundo o presidente Alberto Dualib. O HMTF, que administra o futebol corintiano, pretende começar as obras em, no máximo, dois meses.

Caminho de volta
A Federação Paulista de Futebol, em acordo com a Rede Globo, decidiu marcar todos os jogos entre os quatro grandes do Paulista para o estádio do Morumbi. O Santos não irá mandar mais seus clássicos na Vila Belmiro, em Santos, como fazia há seis anos.
Apoio velado
A CIE-Octagon, futura parceira do Santos, é favorável à decisão, embora não se manifeste oficialmente. A empresa quer recuperar a torcida santista na Grande São Paulo, desprestigiada desde que o clube passou a jogar apenas no seu estádio, em Santos.

Relatório on line
A ocorrência de graves atos de indisciplina na Liga inglesa levou a federação daquele país a determinar que os juízes enviem seus relatórios por meio da Internet. O objetivo é fazer com que os árbitros redijam e enviem os documentos antes de deixar o estádio.

Dúvida
A Federação Inglesa só não decidiu ainda como criar condições para que a nova metodologia funcione. Há duas opções. A primeira é entregar ou financiar laptops para os juízes. A segunda, a mais provável, é colocar um computador em cada estádio de futebol.

Largada
Na próxima semana, deve ser finalmente firmado o contrato de parceria entre a CIE-Octagon e o Atlético-MG. O contrato está no clube. Quando o presidente Nélio Brant assiná-lo, a CIE fará o depósito de US$ 15 milhões no mesmo dia.

Liga F-1
O homem-forte da F-1, Bernie Ecclestone, concluiu que o futuro da categoria está numa liga fechada como a NBA, do basquete norte-americano. Seus advogados já estudam como sair debaixo das asas da Federação Internacional de Automobilismo. O divórcio está planejado para 2004.

Pit stop
Sem laços com entidades esportivas, a F-1 poderia se estruturar como uma empresa, não mais uma categoria esportiva. Só então seria a hora de colocar as ações da empresa que administra o campeonato, a FOA, na Bolsa de Valores de Londres.

Combustível
O Morgan Grenfell, banco de investimentos do Deutsche Bank, recusou uma oferta de venda de 37,5% das ações da FOA por US$ 975 milhões, feita por Bernie Ecclestone. O valor indica que a FOA está avaliada em quase US$ 3,5 bilhões.

Indenização
Alguns dirigentes de clubes de futebol acham que cláusulas de rescisão de contrato vultosas estimularão atos de indisciplina de jogadores interessados apenas em receber a multa.

DIVIDIDA

De Eduardo José Farah, presidente da FPF, sobre a reclamação do atacante Leandro, da Lusa, de que a arbitragem não puniu a violência dos zagueiros do Araçatuba: - Tem jogador que quer que façam um corredor para ele fazer os gols e ainda pede US$ 300 mil por mês de salários.

CONTRA-ATAQUE

Estréia no Pacaembu
No final dos anos 70, quando ainda estudava medicina em Ribeirão Preto e jogava pelo Botafogo, o meia Sócrates foi relacionado para enfrentar o Corinthians no Pacaembu. Seria sua primeira partida em São Paulo, numa quarta-feira à noite.
O meia procurou o presidente do clube, Oswaldo Silva. Disse que não daria para ir, pois estaria de plantão até as 18h, e a faculdade não aceitava mais suas faltas para jogar. Silva retrucou:
- Não tem problema. Após o plantão, nosso motorista te pega e te leva para o Pacaembu. O jogo é às 21h. Dá tempo.
E assim foi feito. Mas ao chegarem ao estádio, nenhum dos dois sabia como entrar.
A dupla comprou ingressos de arquibancada e foi para o alambrado, o mais perto possível do vestiário do time do interior.
Aí, Sócrates gritou para um policial que perto da grade:
- Ei, chama alguém do Botafogo. Eu sou do time. Vou jogar.
O guarda nem deu bola, mas um funcionário do Botafogo viu a cena. Esclarecido o caso, Sócrates pulou o alambrado, foi até o vestiário, trocou-se e voltou para o campo, sem se aquecer, junto com o time.
O jogo terminou 2 a 2, com dois gols do ""doutor".

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