São Paulo, domingo, 12 de maio de 2002

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Painel FC

Água
Fracassaram as negociações entre Pelé e Globo para o ex-jogador comentar a Copa-2002 pela emissora. Motivo: dinheiro.

Pé no freio
Na avaliação da Globo, que até agora acumula prejuízos da ordem de R$ 100 milhões com o Mundial, o "Rei" pediu muito. Agora, as partes negociam a veiculação de um programa de Pelé no canal fechado Sportv.

Dúvida
Pelé é o único astro do futebol mundial que ainda não confirmou presença em solenidade oficial do Kowoc, o comitê coreano. O evento é em 30 de maio, um dia antes da abertura da Copa Coréia/Japão.

Pechincha
A Traffic ofereceu R$ 6 milhões pelo pacote de VTs que a Globo disponibilizou ao mercado. A parceira da Record foi a única a responder a proposta da emissora carioca, que queria cerca de R$ 12,5 milhões.

Nova disputa
O imbróglio sobre a Copa Pan-Americana promete esquentar. A Globo já avisou que não quer o torneio das Américas. O Clube dos 13 acha injusto "esculhambar" o calendário por causa de quatro clubes.

Conflito de interesses
Do outro lado estão os convidados (que, hoje, seriam Fluminense, Atlético-MG, São Paulo e Corinthians), a CBF (que empenhou a palavra à Confederação Sul-Americana) e a Traffic, que criou a competição.

Alternativa
O Botafogo lançou a candidatura do santista Marcelo Teixeira ao comando da Liga Nacional. Mauro Ney Palmeiro, presidente do clube carioca, condicionou a integração à nova associação à não-indicação de Fábio Koff à presidência da Liga.

Boca-a-boca
O botafoguense diz que conversou com clubes do Norte e do Nordeste e que o nome de Marcelo Teixeira foi bem recebido. Resta agora convencer a maioria dos 48 membros da Liga.

Papai Noel
Weber Magalhães recebeu a confirmação de que seria o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo no dia de seu aniversário de 45 anos, anteontem. Quem deu o presente para o dirigente do futebol do DF foi seu amigo Ricardo Teixeira. A "entrega" ocorreu pessoalmente.
Vai que é sua
A indicação de Magalhães para o cargo só confirma a ascensão do dirigente na CBF. Mas ele diz que não teve relação com a suspensão de Carlos Eugênio Simon, que prejudicou o Brasiliense (DF) pela Copa do Brasil. Já a entidade jogou a responsabilidade no colo de Armando Marques, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem.
Sozinho
A missão de Magalhães no comando da delegação começa de verdade na Malásia, sem o apoio pessoal de Teixeira. O presidente da CBF não viajará para esse país, onde a seleção disputa amistoso no dia 25.
Tapetão mesmo
O senador Geraldo Althoff (PFL-SC) irá encaminhar ao Congresso uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para a criação da Justiça Desportiva Especializada, que poderá ser um ramo do Poder Judiciário. As PECs precisam ser aprovadas pelas duas Casas.
Martelo forte
A proposta do senador, que foi relator da CPI do Futebol, foi referendada pela comissão criada pelo Ministério do Esporte para elaborar um código de direitos do torcedor. A Justiça Desportiva Especializada seria responsável pela apuração, pelo julgamento e pela aplicação de penas nos casos envolvendo o esporte.
Sem cartolas
O projeto do senador proíbe clubes e federações de indicar os juízes do novo tribunal. A proposta também prevê a criação de comissões disciplinares para cada competição disputada no país. Mas os organismos, se criados, não terão poder de aplicar suspensões preventivas.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Antonio Roque Citadini, vice corintiano, sobre a arbitragem na final da Copa do Brasil, contra o Brasiliense:
- Preferia que o juiz fosse estrangeiro porque, caso contrário, vai entrar em campo pressionado pela imprensa.

CONTRA-ATAQUE
Sem remédio

A era do profissionalismo no futebol já chegou a clubes, seleções e jogadores. Um personagem dentro de campo, no entanto, ainda vive um tempo de quase amadorismo: os árbitros.
Pelo menos no Peru, brevemente, eles adentrarão à modernidade. Anteontem, a Conar (Comissão Nacional de Árbitros) do país anunciou um convênio com a rede de drogarias GNC-Fasa. O contrato tem vigência de um ano, com possibilidade de renovação.
A companhia irá patrocinar oficialmente os juízes que trabalharem em partidas do Peruano.
Os recursos amealhados pelo convênio serão destinados, segundo comunicado oficial da Conar, "à capacitação e formação de novos árbitros".
"Pela primeira vez vamos contar com verba para a formação e o aperfeiçoamento do nosso quadro", comemorou Alberto Tejada, presidente do Conar.
Os juízes atuarão com uma faixa publicitária colocada no braço, de acordo com norma estabelecida pela Fifa. A rede de farmácias só não garante remédio para as más arbitragens.



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