DA REPORTAGEM LOCAL

Assim que terminar a decisão do Rio-São Paulo, os clubes brasileiros ficarão livres do esdrúxulo regulamento que pode definir o campeão por meio dos cartões vermelhos e amarelos.
O próprio presidente da liga regional, Eduardo José Farah, admitiu que o regulamento errou ao dar mais valor aos cartões do que às campanhas das equipes, mas disse que uma mudança nas regras nas finais seria ainda mais prejudicial ao futebol brasileiro.
O polêmico critério deve ser esquecido após o jogo de hoje entre corintianos e são-paulinos. Mas, antes, a regra pode fazer mais uma vítima hoje -o Palmeiras foi eliminado em razão dos cartões- e dar o título a quem for mais disciplinado nas finais.
A invenção dos dirigentes entrará em ação caso o São Paulo vença por um gol de diferença. No primeiro jogo, cada equipe levou dois amarelos e nenhum jogador foi expulso. O cartão vermelho é o primeiro critério de desempate.
Se houver empate nos cartões, a vaga ficará com o Corinthians, que fez a melhor campanha na fase de classificação.
O técnico corintiano, Carlos Alberto Parreira, disse que ficará triste se o seu time ganhar o título do interestadual por causa do critério dos cartões. "Vou ser muito sincero. Essa história é motivo de piada. Não vou ficar feliz se ganharmos nos cartões. Tomara que isso não aconteça", afirmou Parreira, que não poupou críticas aos dirigentes que redigiram o regulamento do Rio-São Paulo.
Segundo o treinador, "tanto os dirigentes da liga como os dos clubes têm culpa porque compactuaram com regras esdrúxulas".
O gerente de futebol do São Paulo, José Teixeira, minimizou o dolo dos diretores dos clubes.
"O regulamento só ficou pronto depois que o torneio começou. Quando soubemos como seria, a competição já estava em andamento", afirmou o são-paulino.
Teixeira ainda disse que o documento já estava assinado pelos representantes dos clubes participantes quanto foi entregue pela Liga Rio-São Paulo. (MR E RP)



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