DA REPORTAGEM LOCAL

Gustavo Kuerten só chegou ao topo do tênis por causa das mudanças das regras para a definição do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais, a ATP.
E, se as mudanças tivessem acontecido no início de 1999, Kuerten já teria sido o líder do ranking há cerca de 13 meses, após vencer os então Super 9 de Roma e Montecarlo.
A partir do início deste ano, a entidade adotou um novo sistema, em que apenas os resultados da temporada são contabilizados.
Nesta lista, denominada Corrida dos Campeões, o brasileiro terá a partir de hoje 505 pontos contra 486 de Magnus Norman.
Até 99, levava-se em conta os 14 melhores resultados de cada tenista nas 52 semanas anteriores, num sistema que também creditava pontos de bônus por vitórias.
Por ser tecnicamente superior, embora muito mais difícil de ser entendido, esse ranking sobrevive apenas para definir os cabeças-de-chave dos torneios e os participantes da Olimpíada.
Nesse ranking, Kuerten não será o primeiro. Na verdade, subirá uma posição, do quinto para o quarto lugar, ficando uma abaixo do seu melhor resultado, obtido em novembro.
Além da mudança nas regras, Kuerten contou com outro fator para chegar à liderança da Corrida dos Campeões.
Ele foi ajudado pelo calendário da ATP, que concentra os torneios de saibro, o piso preferido do tenista, no primeiro semestre.
Dos 505 pontos obtidos por Kuerten neste ano, 426 (84% do total) foram ganhos no saibro. Seus três títulos nesta temporada -Santiago, Hamburgo e Roland Garros- também.


Texto Anterior: Na marra, Kuerten é o nº 1!
Próximo Texto: Set final dá ao jogo status de decisão de Grand Slam
Índice