|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Seleção masculina enfrenta hoje e amanhã a Holanda, buscando manter o aproveitamento de 50% de vitórias
Ranking da Liga marginaliza brasileiros
da Reportagem Local
Acompanhando o modesto desempenho da seleção na Liga Mundial de vôlei, os brasileiros estão à
margem nos rankings individuais
da competição.
O Brasil faz hoje, às 10h (de Brasília), em Roterdã, contra a Holanda,
seu quinto jogo na primeira fase.
Soma duas vitórias e duas derrotas
-venceu uma partida e perdeu
outra na rodada de estréia, contra
o Canadá, e na segunda rodada,
contra a Espanha.
Na edição 98 da Liga Mundial,
tendo como rivais de grupo Rússia, Iugoslávia e Polônia, o Brasil
vencera suas oito partidas iniciais.
Ainda no ano passado, passadas
quatro rodadas da Liga, cinco brasileiros figuravam entre os mais
bem colocados no levantamento
estatístico feito pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei).
Desta vez, são apenas dois: o
meio-de-rede Douglas, terceiro no
bloqueio, e o líbero Kid -que,
contundido, será substituído hoje
por Paulinho-, quinto no aproveitamento de defesa.
""Não me atenho a essas estatísticas da federação. A Argentina está
lá embaixo no grupo dela e tem os
melhores na recepção (Pablo Pereira e Marcelo Roman lideram no
quesito)", rebate o treinador brasileiro, Radamés Lattari.
Depois, emenda: ""Isso (a pouca
visibilidade dos brasileiros) só demonstra que nosso grupo é muito
homogêneo, que não joga só em
função de um jogador".
Ainda que Lattari conteste, a medição feita pela FIVB revela alguns
pontos nevrálgicos da seleção. Um
exemplo: Nalbert ocupa a modesta
18º posição entre os ""passadores",
seguido por Kid, em 19º. Nos quatro primeiro jogos, o Brasil teve dificuldades para articular jogadas
rápidas, que dependem diretamente de um bom passe.
Tanto que Giba, especialista nessas ações, tem aproveitamento de
apenas 49,52% no ataque (é o 12º
entre os atacantes mais eficientes).
""Acho que a equipe está jogando
até agora dentro das previsões. Os
jogadores estão voltando de férias
e não atingiram o ápice da forma
física", diz Lattari. ""Temos que levar em conta que o Brasil está no
grupo mais equilibrado e que Canadá e Espanha foram duas das
equipes que mais evoluíram no último Mundial", completa.
No Mundial do Japão, em novembro último, o Brasil terminou
em quarto lugar, enquanto a Espanha foi oitava, e o Canadá, 12º.
Sufoco
Sob a ameaça de um vexame na
Liga Mundial, a Holanda incorporou três reforços para os confrontos contra o Brasil.
Os atuais campeões olímpicos
perderam três dos quatro jogos
que disputaram: um para Espanha, em casa, e dois para o Canadá,
na semana passada. Só dois de cada grupo (A, B e C) se classificam.
O técnico Toon Gerbrands teve
que recorrer aos atacantes Bas van
de Goor, 2,09 m, e Richard Schuil,
2,04 m, dispensados das primeiras
rodadas por terem saído a pouco
da disputa do Italiano. O terceiro
reforço é o líbero Klok.
Porém o maior tormento de Gerbrands é outro: Misha Latuhihin
ainda não se colocou como substituto ideal de Peter Blangé, o levantador de 2,05 m que conduziu a
equipe ao ouro olímpico e ao título
da Liga Mundial em 96.
A perda dos jogos contra a Holanda colocaria em risco as possibilidades de o Brasil avançar às finais. Quando deixou o país, o técnico Radamés Lattari pretendia
vencer pelo menos 50% dos jogos
de ida. Foi isso que alcançou, por
enquanto. ""Com esse saldo, decidimos em casa", declara, em referência às partidas de volta -duas
contra cada adversário-, a partir
da próxima semana.
(JAD)
Holanda x Brasil, ao vivo, na
Sportv, às 10h
Texto Anterior: Stop & Go - José Henrique Mariante: A nova era Próximo Texto: Basquete: Lakers fecham com técnico hexacampeão Índice
|