São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2001

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FUTSAL

Mesmo com o maior número de representantes no torneio nacional, Estado não coloca nenhum time na fase decisiva

Liga terá 1ª semifinal sem equipes de SP

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Liga Futsal abre sua fase decisiva no domingo sem contar, pela primeira vez, com um time paulista. Poker/Foz-PR x Ulbra-Chevrolet-RS e Flamengo x Carlos Barbosa-RS são os confrontos das semifinais do torneio.
Mesmo sendo o Estado com mais clubes na Liga -Corinthians/Barueri, Sport/Osasco, Banespa e Wimpro/Guaru-, São Paulo não manteve representantes no torneio após a segunda fase, encerrada anteontem à noite.
"Foi decepcionante termos sido eliminados. Contando as duas fases, fomos a equipe que mais somou pontos [49], mais fez gols [98], além de contarmos com três dos sete maiores artilheiros da competição [Nei, Falcão e Serjão]", lamentou Rubens Bueno, supervisor do Banespa.
A equipe da capital, a mais estruturada do Estado, foi a campeã da primeira fase. Na segunda, porém, foi eliminada por ter conquistado um ponto a menos do que o Flamengo no Grupo D -cumpriu campanha melhor que o Poker/Foz, que conseguiu uma das vagas do Grupo C.
"Fomos prejudicados pelo calendário do futsal paulista. Disputamos o Campeonato Metropolitano junto com a Liga. Teve semana que a equipe entrou em quadra cinco vezes", disse Bueno.
Mas, para quem já atuou no Estado durante muito tempo, a explicação para o fracasso é outra.
"O futsal gaúcho hoje é profissional. São Paulo ainda depende de dirigentes que trabalham de dia e dedicam seu tempo livre para alguma equipe. O Banespa é o único time estruturado no Estado", disse Reinaldo Simões, supervisor da Ulbra-Chevrolet.
Simões foi dirigente da Chevrolet-GMC, equipe que disputou todas as semifinais da Liga, sem nunca ter chegado à decisão.
Este ano, o clube fez uma parceria com a Ulbra (Universidade Luterana Brasileira) e migrou para o Rio Grande do Sul.
"Não teríamos condições de montar esse time se ficássemos em São Paulo. Quem sabe, aqui no Sul, vamos conseguir nosso primeiro título", contou Simões.
Sem grandes patrocinadores, o futsal paulista conta hoje com poucos jogadores de seleção brasileira. Do grupo que disputou o Mundial da Guatemala, em 2000, só um jogador, o ala Falcão, defendeu uma equipe do Estado, o Banespa, nesta edição da liga.
"São Paulo, que se diz o Estado mais rico, não tem investidores no esporte. Que equipes paulistas existem hoje? Todas estão saindo do Estado", declarou Simões.



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