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FUTSAL
Mesmo com o maior número de representantes no torneio nacional, Estado não coloca nenhum time na fase decisiva
Liga terá 1ª semifinal sem equipes de SP
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Liga Futsal abre sua fase decisiva no domingo sem contar, pela
primeira vez, com um time paulista. Poker/Foz-PR x Ulbra-Chevrolet-RS e Flamengo x Carlos
Barbosa-RS são os confrontos das
semifinais do torneio.
Mesmo sendo o Estado com
mais clubes na Liga -Corinthians/Barueri, Sport/Osasco, Banespa e Wimpro/Guaru-, São
Paulo não manteve representantes no torneio após a segunda fase, encerrada anteontem à noite.
"Foi decepcionante termos sido
eliminados. Contando as duas fases, fomos a equipe que mais somou pontos [49], mais fez gols
[98], além de contarmos com três
dos sete maiores artilheiros da
competição [Nei, Falcão e Serjão]", lamentou Rubens Bueno,
supervisor do Banespa.
A equipe da capital, a mais estruturada do Estado, foi a campeã
da primeira fase. Na segunda, porém, foi eliminada por ter conquistado um ponto a menos do
que o Flamengo no Grupo D
-cumpriu campanha melhor
que o Poker/Foz, que conseguiu
uma das vagas do Grupo C.
"Fomos prejudicados pelo calendário do futsal paulista. Disputamos o Campeonato Metropolitano junto com a Liga. Teve semana que a equipe entrou em
quadra cinco vezes", disse Bueno.
Mas, para quem já atuou no Estado durante muito tempo, a explicação para o fracasso é outra.
"O futsal gaúcho hoje é profissional. São Paulo ainda depende
de dirigentes que trabalham de
dia e dedicam seu tempo livre para alguma equipe. O Banespa é o
único time estruturado no Estado", disse Reinaldo Simões, supervisor da Ulbra-Chevrolet.
Simões foi dirigente da Chevrolet-GMC, equipe que disputou todas as semifinais da Liga, sem
nunca ter chegado à decisão.
Este ano, o clube fez uma parceria com a Ulbra (Universidade
Luterana Brasileira) e migrou para o Rio Grande do Sul.
"Não teríamos condições de
montar esse time se ficássemos
em São Paulo. Quem sabe, aqui
no Sul, vamos conseguir nosso
primeiro título", contou Simões.
Sem grandes patrocinadores, o
futsal paulista conta hoje com
poucos jogadores de seleção brasileira. Do grupo que disputou o
Mundial da Guatemala, em 2000,
só um jogador, o ala Falcão, defendeu uma equipe do Estado, o
Banespa, nesta edição da liga.
"São Paulo, que se diz o Estado
mais rico, não tem investidores
no esporte. Que equipes paulistas
existem hoje? Todas estão saindo
do Estado", declarou Simões.
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