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VÔLEI
Como ocorreu com Bernardinho, Zé Roberto abusa de trocas em busca do tri
Seleção lança 12 titulares agora para decisão do GP
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
"É ótimo trocar as peças, mudar
a característica do time e manter o
mesmo nível. Temos um elenco
em que 12 podem ser titulares."
A frase que vinha sendo repetida por Bernardinho há quatro
anos, agora ecoa em outra voz.
É José Roberto Guimarães
quem pode se gabar de ter um
banco à altura do time principal.
E com essa "arma secreta", o
treinador busca a partir da madrugada de amanhã seu segundo
título do Grand Prix -o quinto
do Brasil- e o primeiro da renovada seleção que ele prepara para
levar aos Jogos de Pequim-2008.
"Tecnicamente, estamos indo
bem, mas ainda pecamos em alguns pontos, até pela própria
inexperiência da equipe. Elas precisam rodar, ganhar maturidade", afirmou o treinador à Folha.
"O bom é que fomos o time que
mais testou jogadoras até aqui. É
bom porque todas estão com ritmo e porque podemos surpreender os rivais com mudanças",
completou ele, que lamentou a
ausência da oposto Mari e da
meio Fabiana, lesionadas, que
completariam as "14 titulares".
Duas armas da equipe têm sido
fundamentais para seu bom desempenho. Carol e Marcelle se revezam no levantamento.
Além disso, as opostos Sheilla e
Renata sempre têm entrado bem.
E não é só em quadra que a seleção repete a marca dos comandados de Bernardinho nos últimos
anos. O discurso afinado das jogadoras também lembra os campeões olímpicos e mundiais.
"O Zé está tentando testar todo
mundo, e isso é muito bom. Se
uma não está bem, a outra entra e
supre o time. Todo mundo tem
sua oportunidade, e o Brasil só ganha", disse a atacante Jaqueline.
"Não há vaidade, só disputa
saudável. Se entrarem no meu lugar e a seleção ganhar, vou ficar
feliz", completou ela.
O primeiro adversário do time
nas finais será a Holanda, às 2h05
de amanhã. O Brasil já bateu as
holandesas por 3 a 1 no torneio.
No total, tem oito vitórias e apenas uma derrota -mesmos números de Cuba e da campeã olímpica China, única seleção que impôs queda ao Brasil.
O sucesso na primeira fase, porém, deve ser esquecido agora, segundo Zé Roberto.
O treinador vive a expectativa
de como as novatas irão se comportar sob pressão -só Valeskinha e Sassá foram a Atenas.
A fase final é disputada por seis
times que jogam entre sim. O que
somar o maior número de pontos
levanta a taça em Sendai (JAP).
Por isso, o trabalho psicológico
tem sido uma das prioridades da
comissão técnica.
"Estamos tentando deixar todas
cada vez melhor. Vai ser uma final
a cada partida. E não podemos
perder as chances. Vamos ver como elas irão reagir", declarou.
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 2h05
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