São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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VÔLEI

Como ocorreu com Bernardinho, Zé Roberto abusa de trocas em busca do tri

Seleção lança 12 titulares agora para decisão do GP

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

"É ótimo trocar as peças, mudar a característica do time e manter o mesmo nível. Temos um elenco em que 12 podem ser titulares."
A frase que vinha sendo repetida por Bernardinho há quatro anos, agora ecoa em outra voz.
É José Roberto Guimarães quem pode se gabar de ter um banco à altura do time principal.
E com essa "arma secreta", o treinador busca a partir da madrugada de amanhã seu segundo título do Grand Prix -o quinto do Brasil- e o primeiro da renovada seleção que ele prepara para levar aos Jogos de Pequim-2008.
"Tecnicamente, estamos indo bem, mas ainda pecamos em alguns pontos, até pela própria inexperiência da equipe. Elas precisam rodar, ganhar maturidade", afirmou o treinador à Folha.
"O bom é que fomos o time que mais testou jogadoras até aqui. É bom porque todas estão com ritmo e porque podemos surpreender os rivais com mudanças", completou ele, que lamentou a ausência da oposto Mari e da meio Fabiana, lesionadas, que completariam as "14 titulares".
Duas armas da equipe têm sido fundamentais para seu bom desempenho. Carol e Marcelle se revezam no levantamento.
Além disso, as opostos Sheilla e Renata sempre têm entrado bem.
E não é só em quadra que a seleção repete a marca dos comandados de Bernardinho nos últimos anos. O discurso afinado das jogadoras também lembra os campeões olímpicos e mundiais.
"O Zé está tentando testar todo mundo, e isso é muito bom. Se uma não está bem, a outra entra e supre o time. Todo mundo tem sua oportunidade, e o Brasil só ganha", disse a atacante Jaqueline.
"Não há vaidade, só disputa saudável. Se entrarem no meu lugar e a seleção ganhar, vou ficar feliz", completou ela.
O primeiro adversário do time nas finais será a Holanda, às 2h05 de amanhã. O Brasil já bateu as holandesas por 3 a 1 no torneio.
No total, tem oito vitórias e apenas uma derrota -mesmos números de Cuba e da campeã olímpica China, única seleção que impôs queda ao Brasil.
O sucesso na primeira fase, porém, deve ser esquecido agora, segundo Zé Roberto.
O treinador vive a expectativa de como as novatas irão se comportar sob pressão -só Valeskinha e Sassá foram a Atenas.
A fase final é disputada por seis times que jogam entre sim. O que somar o maior número de pontos levanta a taça em Sendai (JAP).
Por isso, o trabalho psicológico tem sido uma das prioridades da comissão técnica.
"Estamos tentando deixar todas cada vez melhor. Vai ser uma final a cada partida. E não podemos perder as chances. Vamos ver como elas irão reagir", declarou.


NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 2h05


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