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FUTEBOL
Timão, Robinho e Libertadores
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DE OPINIÃO
A estréia de Mascherano no
Corinthians confirmou o
que já se sabia: trata-se de um excelente jogador que, se fosse brasileiro, estaria disputando uma vaga em nossa seleção.
Com a nova aquisição e diante
do previsível enfraquecimento de
alguns rivais, a começar pelo Santos, o Corinthians vai se consolidando como um forte candidato
ao título deste Brasileiro. É claro
que ainda é cedo, e há que se observar a evolução do São Paulo,
depois da histórica final desta semana, quando poderá sagrar-se
tricampeão da Libertadores.
O tricolor dificilmente deixará
de estar no páreo. Mas o Corinthians, se não for abalado por
mais uma daquelas crises que vira e mexe se abatem sobre o Parque São Jorge (muitas vezes causadas pela mera inabilidade dos
responsáveis pelo futebol do clube), parece ter pela frente um caminho promissor.
Em relação a reforços, de importante resta apenas trazer um
atacante. A dúvida é se o sr. Kia
vai ou não se empenhar em contratar Leão. Diante dos excelentes
resultados de Márcio Bittencourt,
a mudança não se justificaria,
mas pelas respostas que deu no
domingo no programa "Terceiro
Tempo", o reizinho da MSI se
mostrou inclinado a contar com o
ex-treinador do Santos.
Uma eventual mudança poderá
produzir turbulências, mas Leão
já demonstrou sua capacidade.
É verdade que o Palmeiras também está se reforçando, mas o "timing" e a qualidade para uma escalada rumo à liderança parecem
favorecer mais o Parque São Jorge
do que o Antarctica.
O que está em curso na novela
Robinho não é se ele fica ou não
no Santos, mas quanto o Real
Madrid ou outro clube irá pagar
para ter o mais promissor jogador
da atualidade. Estivesse eu no lugar do presidente Marcelo Teixeira e faria a mais dura das negociações. US$ 50 milhões não é nenhuma exorbitância por Robinho. E é o que consta em contrato.
Portanto, não há nenhuma necessidade de o presidente do Santos sair abaixando o preço à primeira ou segunda ofertas.
Robinho é um jogador muito jovem, que tem todas as condições
de se tornar uma grande estrela
global, como são Ronaldo e Ronaldinho. Investir US$ 50 milhões
em sua aquisição, considerando o
padrão do futebol europeu, na
verdade parece pouco. Se pagar o
que o contrato estabelece, o Real
Madrid já estará fazendo um
bom negócio.
A semana é de final da Libertadores. Depois de uma primeira
partida bem disputada, com forte
marcação e aplicação das duas
equipes, São Paulo e Atlético-PR
chegam à hora da verdade. Esperemos que ambos partam para
ganhar e que o jogo seja um pouco menos truncado do que o anterior. Por mais que o São Paulo pareça favorito, vai ter de jogar com
todas as suas energias e talento se
quiser fazer história.
Show de bola
A coluna é de futebol, mas
diante do feito -e do gosto que
tenho pelo vôlei- não dá para
não registrar mais um elogio à
seleção e a Bernardinho pelo
quinto título da Liga. O Brasil
vai consolidando uma hegemonia nas quadras que poderá durar muito tempo, a julgar pela
qualidade da renovação que
vem ocorrendo nos últimos
anos. O vôlei brasileiro passeou
em Belgrado. É um fenômeno.
Triste fim
O Flamengo chegou ao fundo
do poço. A derrota para os reservas do São Paulo foi humilhante. Nas atuais circunstâncias é impossível livrar-se do rebaixamento. Prova cabal da incompetência de sucessivas diretorias e atestado de decadência do Rio. Triste, mas é isso.
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mag-machado@uol.com.br
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