Por trás da cortina

O último ensaio da abertura do Pan, ao qual a Folha assistiu, ontem, no Maracanã, teve falha técnica e vaias. O sistema de som não funcionou quando Robson Caetano e Virna foram chamados ao palco como apresentadores. Os convidados não ouviam o ex-atleta. Só na terceira tentativa o equipamento funcionou, mas a dupla já tinha sido vaiada. Houve correria por causa de uma alegoria, um jacaré gigante. Os empurradores não conseguiram encaixar o bicho no portão de saída. Teve de ser desmontado.

Alta. Os membros do fundo festejam a venda de Michael para a Ucrânia. Souberam da diretoria do Palmeiras que terão um lucro de 80% com a negociação. Será o primeiro dinheiro ganho pelo grupo com a venda de um atleta.

Quadrienal. A Conmebol se rendeu à Fifa e decidiu que a Copa América será a cada quatro anos. A próxima deve ser mesmo na Argentina.

Sauna. Os jogadores da seleção brasileira sofrem para circular em seu hotel em Maracaibo, na Venezuela. Até ontem, somente um elevador funcionava. E estava sempre lotado e com os jogadores espremidos entre outros hóspedes e jornalistas.

Do povo. Ao ler que o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, teme ser alvo da torcida se o Corinthians jogar no Pacaembu, Walter Feldman, secretário municipal de Esporte, emendou: "A situação é temporária, mas mostra como o estádio é democrático, expõe mais quem está lá".

Apagão. A falta de energia elétrica ontem no CT das categorias de base do Santos gerou alvoroço entre opositores. Suspeitaram de corte por atraso no pagamento. A diretoria informou que foi uma falha no fornecimento.

Faz de conta. Os presentes ao ensaio vaiaram o nome do presidente Lula, anunciado como se estivesse lá. O mesmo aconteceu com Estados Unidos e Argentina.

Boquinha. Uma instalação da Marinha será usada para deputados federais pegarem seus ingressos para a abertura do Pan, com direito a um acompanhante. Será oferecido um "brunch". Todos foram convidados, até os favoráveis à CPI do Pan, emperrada.

E o vento levou. Ontem de manhã, no hotel da Organização Desportiva Pan-Americana, os mastros em que as bandeiras alusivas ao Pan ficam estavam caídos.

Ciclo. O prefeito do Rio, Cesar Maia, iniciou um novo projeto contando com a ajuda financeira do COI, da Odepa e do COB. É a unidade do Rio do Centro de Capacitação Esportiva do COI. Ele já prepara o orçamento.

Sonho olímpico. O prefeito planeja atrair várias confederações interessadas em ficar perto do centro.

Sugestivo. O promotor Rodrigo Terra usou guia do Co-Rio para os torcedores na ação que tenta derrubar a proibição de entrada de bebida e comidas nas arenas. Selecionou trecho que recomenda muita água, mas só mineral ou filtrada. Terra diz que um copo vai custar ao menos R$ 2.