|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CORTADA
Clima de guerra
CIDA SANTOS
O sangue latino vai ferver hoje
no confronto entre Brasil e Argentina, na estréia da fase decisiva da Liga Mundial. Tecnicamente, a vantagem é do time
brasileiro. Mas, nestes tempos
em que todo erro é ponto no vôlei, o controle emocional é fundamental. E o clima, em Mar del
Plata, vai ser de guerra.
O Brasil terá pela frente um rival que conta com o apoio de
uma torcida apaixonada e que
tenta sair do fundo do poço. No
último Mundial, os argentinos
ficaram em 11º lugar e entraram
em crise. As duas estrelas do time, Milinkovic e Weber, brigaram com o técnico Daniel Castellani e pediram dispensa da seleção.
Com a escolha da Argentina
para sede do Mundial de 2002,
os dirigentes começaram a trabalhar para formar um time
competitivo. Milinkovic, eleito
garoto-propaganda do Mundial
com um cachê milionário, não
teve escolha: voltou para a seleção nesta Liga. O levantador
Weber deve retornar no Sul-Americano.
Para reerguer a seleção foram
convocadas estrelas da fase de
ouro do vôlei argentino: o levantador Waldo Kantor, 39, e o atacante Hugo Conte, 36. Mas o resultado decepcionou: em 12 jogos, o time do técnico Castellani
só ganhou 4. O único grande
momento foi a vitória por 3 a 0
sobre Cuba.
Já o Brasil nas últimas rodadas tem mostrado um vôlei que
o coloca entre os favoritos ao título. Tecnicamente, o jogo mais
difícil será amanhã contra a Itália. Mesmo sem quatro dos seus
principais jogadores (Gardini,
Gravina, Tofoli e Bracci), a "azzurra" conta com a base do time
campeão da Liga em 95.
Das seleções classificadas para
esta fase -Itália, Argentina
(ambas no grupo do Brasil), Cuba, Rússia e Espanha (integrantes da outra chave)-, o que
mais impressiona é o poderio físico dos russos. A equipe titular
tem média de 2,01 m de altura e
duas torres gêmeas: Dineikine,
2,16 m, e Kazakov, 2,17 m.
CURTAS
Apostas
Na bolsa de apostas da Itália,
Cuba é favorita para conquista
do título da Liga, com cotação
de 2,75 liras a cada apostada.
Brasil e Itália vêm a seguir com
três liras. Os azarões são Argentina e Espanha com 30 liras. No
confronto contra o Brasil, a Itália é favorita com pequena
margem: 1,75 lira, contra 1,80
para vitória brasileira.
Cuba
Na fase de classificação, Cuba
foi a seleção com maior torcida.
Os seis jogos em Havana reuniram 75.868 torcedores. O Brasil
vem a seguir, com 49.285. A
Rússia teve o menor público:
11.622 torcedores.
Lilico
O atacante Lilico, reforço do
Report para o Paulista, encerrou na última semana a sessão
de fotos para a "G Magazine".
Um dos cenários para as fotos,
que deverão ser publicadas na
edição de setembro, foi o ginásio de Suzano.
E-mail cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: José Geraldo Couto: Brasil quase perde dos próprios defeitos Próximo Texto: Lateral Zé Maria reforça Palmeiras Índice
|