São Paulo, Segunda-feira, 12 de Julho de 1999
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CORTADA
Clima de guerra

CIDA SANTOS
O sangue latino vai ferver hoje no confronto entre Brasil e Argentina, na estréia da fase decisiva da Liga Mundial. Tecnicamente, a vantagem é do time brasileiro. Mas, nestes tempos em que todo erro é ponto no vôlei, o controle emocional é fundamental. E o clima, em Mar del Plata, vai ser de guerra.
O Brasil terá pela frente um rival que conta com o apoio de uma torcida apaixonada e que tenta sair do fundo do poço. No último Mundial, os argentinos ficaram em 11º lugar e entraram em crise. As duas estrelas do time, Milinkovic e Weber, brigaram com o técnico Daniel Castellani e pediram dispensa da seleção.
Com a escolha da Argentina para sede do Mundial de 2002, os dirigentes começaram a trabalhar para formar um time competitivo. Milinkovic, eleito garoto-propaganda do Mundial com um cachê milionário, não teve escolha: voltou para a seleção nesta Liga. O levantador Weber deve retornar no Sul-Americano.
Para reerguer a seleção foram convocadas estrelas da fase de ouro do vôlei argentino: o levantador Waldo Kantor, 39, e o atacante Hugo Conte, 36. Mas o resultado decepcionou: em 12 jogos, o time do técnico Castellani só ganhou 4. O único grande momento foi a vitória por 3 a 0 sobre Cuba.
Já o Brasil nas últimas rodadas tem mostrado um vôlei que o coloca entre os favoritos ao título. Tecnicamente, o jogo mais difícil será amanhã contra a Itália. Mesmo sem quatro dos seus principais jogadores (Gardini, Gravina, Tofoli e Bracci), a "azzurra" conta com a base do time campeão da Liga em 95.
Das seleções classificadas para esta fase -Itália, Argentina (ambas no grupo do Brasil), Cuba, Rússia e Espanha (integrantes da outra chave)-, o que mais impressiona é o poderio físico dos russos. A equipe titular tem média de 2,01 m de altura e duas torres gêmeas: Dineikine, 2,16 m, e Kazakov, 2,17 m.

CURTAS

Apostas
Na bolsa de apostas da Itália, Cuba é favorita para conquista do título da Liga, com cotação de 2,75 liras a cada apostada. Brasil e Itália vêm a seguir com três liras. Os azarões são Argentina e Espanha com 30 liras. No confronto contra o Brasil, a Itália é favorita com pequena margem: 1,75 lira, contra 1,80 para vitória brasileira.

Cuba
Na fase de classificação, Cuba foi a seleção com maior torcida. Os seis jogos em Havana reuniram 75.868 torcedores. O Brasil vem a seguir, com 49.285. A Rússia teve o menor público: 11.622 torcedores.

Lilico
O atacante Lilico, reforço do Report para o Paulista, encerrou na última semana a sessão de fotos para a "G Magazine". Um dos cenários para as fotos, que deverão ser publicadas na edição de setembro, foi o ginásio de Suzano.

E-mail cidasan@uol.com.br


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