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ATLETISMO
Brasileiro termina Mundial em 6º no salto triplo, acumula 3º fracasso e diz que levará medalha "na próxima vez"
Jadel decepciona e acaba longe do pódio
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Jadel Gregório, 24, entrou no estádio Olímpico de Helsinque, na
mesma pista que coroou Adhemar Ferreira da Silva na Olimpíada de 1952, como um dos favoritos ao título do Mundial. Saiu com
um frustrante sexto lugar.
"Não sei o que aconteceu. Senti
dores no músculo direito e na
panturrilha esquerda. Vou fazer
um exame para ver se estou com
alguma lesão", comentou o triplista, que hoje disputa as eliminatórias do salto em distância.
Dono do segundo melhor salto
do ano (17,73 m), o brasileiro não
liderou a prova em nenhum momento. Após realizar suas três primeiras tentativas, ocupava apenas o quinto lugar, com 17,11 m.
Nos três saltos finais subiu sua
marca para 17,20 m, a mesma que
já havia obtido no classificatório.
O título ficou com o surpreendente norte-americano Walter
Davis, 26, que saltou 17,57 m. A
marca é 28 centímetros superior à
sua melhor no ano, obtida no GP
Brasil, em Belém, há três meses.
"Me surpreendeu um pouco [o
salto]. Mas meu plano era vencer
nesta noite", relatou o campeão.
A chuva fina, que caiu no estádio na hora da disputa, e o frio incomodaram Jadel. Nos dois dias
anteriores à competição, o saltador também havia confessado estar com dificuldades para dormir.
Depois de ficar fora do pódio
no Mundial de Paris-03 e nos Jogos de Atenas-04, o brasileiro diz
que não perdeu esperança de medalha em eventos desse nível.
"Estou muito tranqüilo. Sou jovem e conseguirei na próxima
vez", consolou-se ele, que era a
principal chance de pódio do país
no Mundial -o Brasil jamais ganhou um ouro na competição.
O atleta perdeu uma boa oportunidade de atingir o topo. Christian Olsson, 25, que dominou a
prova nos últimos anos e amealhou o título dos Mundial-03 e da
Olimpíada-04, passou por cirurgia no pé e nem saltou em 2005.
Ontem, o sueco admitiu que só
retorna à pista no ano que vem.
"Decidi não fazer nenhuma
competição nesta temporada. Em
vez disso, vou intensificar o trabalho de recuperação do meu pé."
Sem Olsson, a noite não foi boa
para os favoritos. Marian Oprea,
vice-campeão olímpico, desceu
um degrau do pódio. Detentor do
salto mais distante no ano -17,81
m-, o romeno reclamou de dores e não passou dos 17,40 m.
Já Yoandri Betanzos repetiu o
pódio do Mundial anterior.
"Estou feliz, mas insatisfeito.
Voltei a levar a prata. Não sei
quando vai chegar o ouro. Espero
que seja nos Jogos de Pequim
[2008]", lamentou o cubano.
Com agências internacionais
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