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Honduras vê seleção em meio a crise institucional
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez desde 28 de
junho, data em que o presidente eleito Manuel Zelaya foi deposto por militares, a seleção
de Honduras atuará diante de
sua torcida. O jogo contra a
Costa Rica será em San Pedro
Sula (a 250 km da capital, Tegucigalpa) e vale pelas eliminatórias da Copa do Mundo-2010.
Não é um confronto comum.
Convulsionado com protestos
diários pela volta de Zelaya e
choques entre manifestantes e
soldados do Exército, o país crê
na chance de, por 90 minutos,
se unir em torno de um interesse comum. Difícil de acreditar.
"O jogo não é importante para o povo hondurenho", disse
Juan Barahona, um dos líderes
das manifestações pró-Zelaya.
A crise política, especialmente, e o vírus da gripe suína, que
já matou seis pessoas em Honduras, foram utilizados pela
oposição como justificativas
para o adiamento da partida,
que abre o returno do hexagonal final das eliminatórias da
Concacaf -os três primeiros do
torneio se classificam diretamente para o Mundial africano.
A federação de futebol do
país rechaçou a pressão. "O futebol sempre nos uniu, e a situação não é a que as pessoas
pintam. Não podemos negar o
que está acontecendo no país,
mas tampouco estamos vivendo um caos", afirmou Alfredo
Hawit, secretário da federação.
San Pedro Sula, tradicional
sede dos jogos da seleção (com
45 mil lugares, o estádio Olímpico é a maior arena hondurenha), foi palco ontem de diversas manifestações pela renúncia de Roberto Micheletti, que
assumiu no lugar de Zelaya.
Pelo menos mil policiais deverão garantir a segurança no
estádio e em seus arredores -e
impedir protestos políticos.
Por via das dúvidas, a Costa
Rica ingressou em Honduras
protegida por agentes de seu
departamento de inteligência.
Outro jogo importante de hoje envolve México x Estados
Unidos, no estádio Azteca.
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