São Paulo, quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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Honduras vê seleção em meio a crise institucional

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde 28 de junho, data em que o presidente eleito Manuel Zelaya foi deposto por militares, a seleção de Honduras atuará diante de sua torcida. O jogo contra a Costa Rica será em San Pedro Sula (a 250 km da capital, Tegucigalpa) e vale pelas eliminatórias da Copa do Mundo-2010.
Não é um confronto comum. Convulsionado com protestos diários pela volta de Zelaya e choques entre manifestantes e soldados do Exército, o país crê na chance de, por 90 minutos, se unir em torno de um interesse comum. Difícil de acreditar.
"O jogo não é importante para o povo hondurenho", disse Juan Barahona, um dos líderes das manifestações pró-Zelaya.
A crise política, especialmente, e o vírus da gripe suína, que já matou seis pessoas em Honduras, foram utilizados pela oposição como justificativas para o adiamento da partida, que abre o returno do hexagonal final das eliminatórias da Concacaf -os três primeiros do torneio se classificam diretamente para o Mundial africano.
A federação de futebol do país rechaçou a pressão. "O futebol sempre nos uniu, e a situação não é a que as pessoas pintam. Não podemos negar o que está acontecendo no país, mas tampouco estamos vivendo um caos", afirmou Alfredo Hawit, secretário da federação.
San Pedro Sula, tradicional sede dos jogos da seleção (com 45 mil lugares, o estádio Olímpico é a maior arena hondurenha), foi palco ontem de diversas manifestações pela renúncia de Roberto Micheletti, que assumiu no lugar de Zelaya.
Pelo menos mil policiais deverão garantir a segurança no estádio e em seus arredores -e impedir protestos políticos.
Por via das dúvidas, a Costa Rica ingressou em Honduras protegida por agentes de seu departamento de inteligência.
Outro jogo importante de hoje envolve México x Estados Unidos, no estádio Azteca.


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