São Paulo, quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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TOSTÃO

O que está bom e o que não está


O melhor esquema tático é o bem executado. Para isso, é preciso ter atletas de talento e com as características certas


A SELEÇÃO BRASILEIRA tem muito mais virtudes, individuais e coletivas, que deficiências. Há excelentes jogadores em quase todas as posições. Falta um craque no meio-campo, que não existe há muito tempo, um ótimo lateral-esquerdo e reservas com quase o mesmo nível de Kaká, Robinho e Luis Fabiano.
Se a Copa fosse hoje, Marcos teria que ser o primeiro reserva de Júlio César. Fábio e Victor são também melhores que Doni e Gomes, que têm sido chamados. E ainda há Rogério Ceni, que brevemente voltará ao gol do São Paulo.
André Santos não teve ótimas atuações na Copa das Confederações, mas foi o melhor lateral-esquerdo testado por Dunga. Felipe Melo, uma convocação surpreendente na época, melhorou a qualidade no meio-campo.
Júlio Baptista, Nilmar, Diego Tardelli e Alexandre Pato, que não foi chamado para o amistoso de hoje, são destaques de seus times, mas não são hoje boas opções. Seleção é diferente. Prefiro Adriano e Grafite, este pelo que joga na Alemanha e pelo que jogou no São Paulo e no Goiás. É um excelente atacante, com muita força física e muita técnica.
Como Gilberto Silva e Felipe Melo atuam muito pelo meio, e Elano ou Ramires, pela direita, falta um armador pela esquerda, que avance e que proteja o lateral. Por isso, o Brasil leva muito mais gols de jogadas por esse setor.
Quando dá tempo, Robinho volta para marcar pela esquerda. Mas ele é muito mais importante um pouco mais à frente para aproveitar os contra-ataques. Essa jogada e as bolas paradas são pontos fortes da seleção.
A equipe marca também muito atrás. Por isso, sofreu grande pressão em alguns jogos das eliminatórias, quando Júlio César fez defesas espetaculares. Na Copa das Confederações, em alguns momentos, o time adiantou a marcação e foi melhor.
Ainda bem que Dunga não vai atrás da moda dos técnicos brasileiros de escalar três zagueiros e de fazer marcação individual.
No Flamengo, Aírton, Willians e Toró, desde o início do campeonato, não param de correr atrás do adversário. Nada mais confuso. Quando recuperam a bola, já estão cansados e erram o passe. Se não fosse Ronaldo Angelim, um zagueiro inteligente, a defesa ficaria muito pior. Mesmo assim, é a que sofreu mais gols entre os 11 primeiros.
A seleção marca por setor e joga com dois zagueiros, dois laterais que se revezam no apoio, três no meio e três na frente. Simples e eficiente.
Na semana passada, Dunga criticou o mundo do futebol por dar mais valor à tática do que à técnica dos jogadores. Dunga continua evoluindo.

Clássico brasileiro
No Mineirão, o Atlético-MG, contra qualquer adversário, tem marcado por pressão, desde o início, para tentar fazer um gol na frente. Os resultados têm sido ótimos. Quando não faz o gol, complica. A equipe cansa. Assim, aconteceram alguns maus resultados. Celso Roth e Muricy sabem disso.
Tardelli fará falta. O Palmeiras não possui também um ótimo centroavante. Obina é muito irregular. É endeusado e ridicularizado, chamado de grande artilheiro e de perna de pau. Obina é um mistério.


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