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FUTEBOL
Técnico da seleção brasileira promete manter a base nas eliminatórias
Parreira rechaça novidades e diz já ter equipe pronta
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, o
país vai terminar as eliminatórias
para a Copa de 2006 com um número de jogadores utilizados bem
menor do que no qualificatório
para o Mundial de 2002.
Anteontem, em Manaus, depois
de bater o Equador por 1 a 0 na segunda vitória da seleção na busca
por uma vaga para a Copa da Alemanha, o treinador prometeu
pouco alterar o grupo para os
próximos compromissos.
"A base será mantida. Nosso
objetivo é fortalecer o grupo e formar um time", disse. A seleção lidera o torneio com dois pontos de
vantagem sobre os rivais.
Parreira não falou em números,
mas, se não ocorrerem problemas
de suspensão ou lesão, pelo menos 16 dos 22 convocados para os
jogos contra colombianos e equatorianos irão voltar ao time em
novembro. Na equipe titular, só
Kleberson, que foi cortado por lesão, deve ser novidade.
"O time está aí, armado, montado", afirmou o treinador, após o
jogo em Manaus. Os próximos
compromissos da seleção nas eliminatórias serão contra Peru e
Uruguai, em novembro.
Se mantiver a promessa, Parreira não irá repetir a caótica caminhada brasileira nas eliminatórias
passadas. Wanderley Luxemburgo, Emerson Leão e Luiz Felipe
Scolari, além do interino Candinho, chamaram quase uma centena de jogadores para os 18 jogos
do classificatório sul-americano.
O time titular também foi constantemente alterado. Luxemburgo, que foi o primeiro treinador
da equipe no qualificatório, trocou cinco jogadores entre as duas
partidas iniciais.
Scolari assumiu com o mesmo
discurso agora utilizado por Parreira. O técnico gaúcho disse que
iria trabalhar com uma base de 30
jogadores, mas acabou convocando quase o dobro disso.
Para que seus planos sejam
bem-sucedidos, o atual comandante do time nacional conta com
o calendário das eliminatórias.
Agora, na maioria dos casos,
uma mesma convocação irá servir para duas rodadas do classificatório. Anteriormente, para cada
partida havia a necessidade de
uma lista diferente.
Em Manaus, ao comentar as
boas atuações de Kaká contra Colômbia e Equador, Parreira deixou claro que vai evitar mudanças
bruscas na equipe.
"O Kaká é jovem. A entrada dele
no time tem que ser desta maneira, aos poucos. Assumir o posto
de titular vai levar algum tempo
para ele", disse o treinador, que
chamou esse processo de "pequena renovação" na seleção.
Com duas vitórias em dois jogos, a seleção lidera, de forma isolada as eliminatórias sul-americanas. No classificatório passado,
com a enxurrada de jogadores
convocados, o Brasil nunca ocupou a liderança do certame e só
garantiu presença na Copa de
2002 na última rodada, após derrotar a Venezuela.
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