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TÊNIS
Brasileiro possui índice de regularidade semelhante ao da elite mundial e avança mais nos torneios
Kuerten atinge padrão "top ten" em 99
ROBERTO DIAS
enviado especial a Nova York
O brasileiro Gustavo Kuerten,
23, mostra sinais de ter atingido a
"maioridade" no tênis.
Ele obteve nesta temporada o
índice de regularidade mantido
pelo grupo dos ""top ten".
Antes, mesmo já tendo figurado
entre os dez primeiros do mundo,
estava longe das médias dos melhores do ranking.
Suas boas classificações decorriam sobretudo de bons resultados esporádicos, intercalados
com fracassos retumbantes.
Foi a frequência desses fracassos que Kuerten diminuiu. Mais
consistente, ele tem ido mais longe nos torneios.
Nesta temporada, perdeu nas
duas primeiras rodadas em apenas 37% dos torneios que disputou, um índice pouco inferior ao
mantido pelos top ten (36%).
Para Kuerten, a diferença em relação aos outros anos foi brutal.
Na temporada passada, o brasileiro caiu na primeira ou na segunda
partida em 65% das competições
de que participou.
Nos anos anteriores, também
não havia sido muito diferente.
Em 97, não chegou a disputar três
jogos no mesmo torneio em 62%
das vezes. Em 96, as quedas precoces ocorreram em 55% das
competições, e, em 95, em 63%.
Tal melhora é fruto, entre outras coisas, de uma melhor preparação de Kuerten.
Num torneio em que ele sempre
perdia de cara (Wimbledon), o
brasileiro conseguiu na atual temporada chegar às quartas-de-final, depois de tirar duas semanas
para descansar e fazer treinos em
quadras de grama.
Entre os Grand Slams, Kuerten
só conheceu o fracasso na Austrália, onde perdeu em seu segundo
jogo, para o russo Marat Safin.
E, dos sete torneios da série Super 9 (a segunda em importância
no tênis) já disputados neste ano,
Kuerten jogou seis -só não foi ao
Canadá, em agosto. Fracassou
apenas em um, o Lipton, perdendo em seu primeiro jogo para o
francês Sébastien Grosjean.
A regularidade alcançada por
Kuerten só é inferior à de outros
quatro top ten nesta temporada:
os norte-americanos Andre Agassi (perdeu os dois primeiros jogos
em 15% dos torneios), Todd Martin (índice de 17%) e Pete Sampras (36%) e o espanhol Carlos
Moyá (32%).
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