São Paulo, Domingo, 12 de Setembro de 1999
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TÊNIS
Brasileiro possui índice de regularidade semelhante ao da elite mundial e avança mais nos torneios
Kuerten atinge padrão "top ten" em 99

ROBERTO DIAS
enviado especial a Nova York

O brasileiro Gustavo Kuerten, 23, mostra sinais de ter atingido a "maioridade" no tênis.
Ele obteve nesta temporada o índice de regularidade mantido pelo grupo dos ""top ten".
Antes, mesmo já tendo figurado entre os dez primeiros do mundo, estava longe das médias dos melhores do ranking.
Suas boas classificações decorriam sobretudo de bons resultados esporádicos, intercalados com fracassos retumbantes.
Foi a frequência desses fracassos que Kuerten diminuiu. Mais consistente, ele tem ido mais longe nos torneios.
Nesta temporada, perdeu nas duas primeiras rodadas em apenas 37% dos torneios que disputou, um índice pouco inferior ao mantido pelos top ten (36%).
Para Kuerten, a diferença em relação aos outros anos foi brutal. Na temporada passada, o brasileiro caiu na primeira ou na segunda partida em 65% das competições de que participou.
Nos anos anteriores, também não havia sido muito diferente. Em 97, não chegou a disputar três jogos no mesmo torneio em 62% das vezes. Em 96, as quedas precoces ocorreram em 55% das competições, e, em 95, em 63%.
Tal melhora é fruto, entre outras coisas, de uma melhor preparação de Kuerten.
Num torneio em que ele sempre perdia de cara (Wimbledon), o brasileiro conseguiu na atual temporada chegar às quartas-de-final, depois de tirar duas semanas para descansar e fazer treinos em quadras de grama.
Entre os Grand Slams, Kuerten só conheceu o fracasso na Austrália, onde perdeu em seu segundo jogo, para o russo Marat Safin.
E, dos sete torneios da série Super 9 (a segunda em importância no tênis) já disputados neste ano, Kuerten jogou seis -só não foi ao Canadá, em agosto. Fracassou apenas em um, o Lipton, perdendo em seu primeiro jogo para o francês Sébastien Grosjean.
A regularidade alcançada por Kuerten só é inferior à de outros quatro top ten nesta temporada: os norte-americanos Andre Agassi (perdeu os dois primeiros jogos em 15% dos torneios), Todd Martin (índice de 17%) e Pete Sampras (36%) e o espanhol Carlos Moyá (32%).


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