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RINGUE
De la Hoya quer elevar nome de hispânicos
da Reportagem Local
Desde o início de sua carreira,
Oscar de la Hoya, bem como seu
empresário, Bob Arum, dedicou
muita ênfase a um forte trabalho
de marketing.
Na última semana, ao conversar por telefone com a Folha, De
la Hoya exibiu a imodéstia que
lhe é peculiar.
Afirmou que é o único responsável por atrair patrocinadores
incomuns ao boxe, como o
McDonald's e a Puma, para sua
apresentação contra o porto-riquenho Félix Trinidad.
(EO)
Folha - Sua luta com Trinidad
atraiu vários patrocinadores e
bate recordes. Isso prova que
os latinos já estão ""emancipados" e têm condições de produzir uma ""superluta" como
aquela entre ""Sugar" Ray Leonard e Marvin Hagler, em 87?
Oscar de la Hoya - Antes de
mais nada, permita-me corrigi-lo: não foi a luta que atraiu esses
patrocinadores, fui eu.
As duas maiores empresas envolvidas na promoção do combate são o McDonald's e a Puma,
meus patrocinadores.
Graças ao trabalho de Bob
Arum, chamamos a atenção
dessas pessoas. Elas sabem que
passo uma imagem positiva, esse é o motivo de terem embarcado na promoção do combate.
Folha - Qual será o efeito
dessa luta junto ao público?
Como você encara essa responsabilidade?
Hoya - Ela nos levará (os latinos) a um patamar mais elevado, não há dúvida alguma. Mas
encaro isso com naturalidade,
pois optei pela responsabilidade
de elevar nosso nome.
É apenas uma questão de trabalhar duro, dia-a-dia.
Folha - Sua popularidade resulta mais de sua habilidade
ou do marketing?
Hoya - Meu sucesso vem do talento dentro do ringue. Depois,
do marketing, que é muito importante na carreira dos atletas.
Se você tem um plano de promoção, um atleta pode atingir
níveis altíssimos de popularidade. Não basta ser um bom lutador para ser abraçado pelo público. Existem outros campeões,
invictos como eu, que não foram
trabalhados da mesma maneira,
e por isso não são tão conhecidos. Trinidad é um exemplo.
Folha - Que danos uma derrota causaria a sua carreira?
Hoya - Não penso em perder e
não creio que minha carreira sofreria por causa de uma derrota.
Não acredito que meus patrocinadores me abandonariam,
pela maneira como meu marketing tem sido realizado, desde a
base. Não, não vejo meus patrocinadores me deixando.
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