São Paulo, Domingo, 12 de Setembro de 1999
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RINGUE
De la Hoya quer elevar nome de hispânicos

da Reportagem Local

Desde o início de sua carreira, Oscar de la Hoya, bem como seu empresário, Bob Arum, dedicou muita ênfase a um forte trabalho de marketing.
Na última semana, ao conversar por telefone com a Folha, De la Hoya exibiu a imodéstia que lhe é peculiar.
Afirmou que é o único responsável por atrair patrocinadores incomuns ao boxe, como o McDonald's e a Puma, para sua apresentação contra o porto-riquenho Félix Trinidad. (EO)  

Folha - Sua luta com Trinidad atraiu vários patrocinadores e bate recordes. Isso prova que os latinos já estão ""emancipados" e têm condições de produzir uma ""superluta" como aquela entre ""Sugar" Ray Leonard e Marvin Hagler, em 87?
Oscar de la Hoya -
Antes de mais nada, permita-me corrigi-lo: não foi a luta que atraiu esses patrocinadores, fui eu.
As duas maiores empresas envolvidas na promoção do combate são o McDonald's e a Puma, meus patrocinadores.
Graças ao trabalho de Bob Arum, chamamos a atenção dessas pessoas. Elas sabem que passo uma imagem positiva, esse é o motivo de terem embarcado na promoção do combate.

Folha - Qual será o efeito dessa luta junto ao público? Como você encara essa responsabilidade?
Hoya -
Ela nos levará (os latinos) a um patamar mais elevado, não há dúvida alguma. Mas encaro isso com naturalidade, pois optei pela responsabilidade de elevar nosso nome.
É apenas uma questão de trabalhar duro, dia-a-dia.

Folha - Sua popularidade resulta mais de sua habilidade ou do marketing?
Hoya -
Meu sucesso vem do talento dentro do ringue. Depois, do marketing, que é muito importante na carreira dos atletas.
Se você tem um plano de promoção, um atleta pode atingir níveis altíssimos de popularidade. Não basta ser um bom lutador para ser abraçado pelo público. Existem outros campeões, invictos como eu, que não foram trabalhados da mesma maneira, e por isso não são tão conhecidos. Trinidad é um exemplo.

Folha - Que danos uma derrota causaria a sua carreira?
Hoya -
Não penso em perder e não creio que minha carreira sofreria por causa de uma derrota.
Não acredito que meus patrocinadores me abandonariam, pela maneira como meu marketing tem sido realizado, desde a base. Não, não vejo meus patrocinadores me deixando.


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