São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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Gás ainda assombra São Paulo

Clube faz as pazes com Palmeiras, mas fará vigilância especial no vestiário do Parque Antarctica

Time do Morumbi vai levar 15 seguranças ao clássico de domingo, 15 a menos que o utilizado no jogo em que sua delegação foi intoxicada


TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Palmeiras selaram a paz, mas o episódio do gás no vestiário tricolor em partida da semifinal do Paulista, em abril, ainda assombra o clássico. No reencontro das equipes, domingo que vem, no Parque Antarctica, a cúpula do Morumbi vai reforçar o número de seguranças que utiliza habitualmente nos jogos.
Mas, por outro lado, levará a metade de homens que convocou na fatídica partida do gás. Naquela oportunidade, o time do Morumbi levou ao Parque Antarctica 30 homens para fazer a segurança dos jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Para o principal jogo da rodada, o São Paulo, que normalmente trabalha com oito guarda-costas, reforçará a segurança. Deve levar 15 guarda-costas ao estádio do rival paulista.
Apesar de ter reduzido o corpo de seguranças, o São Paulo ainda teme o campo do adversário. A reportagem apurou com a cúpula tricolor que alguns aspectos do Parque Antarctica (como a proximidade entre a arquibancada e o gramado e a exposição dos jogadores no trajeto do ônibus até o vestiário visitante) preocupam.
Outro temor, segundo um integrante da diretoria são-paulina, é com o vestiário, que será bastante vigiado, principalmente do lado de fora.
O goleiro Rogério, jogador mais assediado em todos os jogos do clube fora do Morumbi, deverá receber cuidado especial por parte dos seguranças.
Apesar do estado de atenção, as relações entre os clubes, que estiveram estremecidas após o episódio do gás, melhoraram. "Eles serão tratados com toda a fidalguia", diz Fernando Pizzo, assessor da presidência do Palmeiras. Segundo ele, um "confortável camarote" será reservado à diretoria do rival.
O "cachimbo da paz" entre os clubes foi aceso pelo presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, que enviou carta ao colega palmeirense Affonso della Monica apoiando a realização do jogo no Parque Antarctica, conforme revelou a Folha.
A atitude foi determinante para o agendamento do clássico para o estádio palmeirense.
Os dois clubes chegam para essa partida separados por dois pontos. O Palmeiras é o vice-líder, com 54 pontos, e o São Paulo soma só dois a menos.
O técnico Muricy Ramalho disse que não vai permitir que se fale em assuntos extracampo durante a semana, especialmente do episódio do gás no vestiário. "A imprensa tem é que parar com esse assunto de gás. Quando começarem a falar isso de novo, eu vou cortar. Tem que falar é de futebol", afirmou o treinador que, no entanto, deu relevância ao fato. "Foi um irresponsável que fez aquilo. Só não pode é acontecer de novo. Aí não dá", concluiu.


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