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Gás ainda assombra São Paulo
Clube faz as pazes com Palmeiras, mas fará vigilância especial no vestiário do Parque Antarctica
Time do Morumbi vai levar
15 seguranças ao clássico de
domingo, 15 a menos que o
utilizado no jogo em que sua delegação foi intoxicada
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo e Palmeiras selaram a paz, mas o episódio do
gás no vestiário tricolor em
partida da semifinal do Paulista, em abril, ainda assombra o
clássico. No reencontro das
equipes, domingo que vem, no
Parque Antarctica, a cúpula do
Morumbi vai reforçar o número de seguranças que utiliza habitualmente nos jogos.
Mas, por outro lado, levará a
metade de homens que convocou na fatídica partida do gás.
Naquela oportunidade, o time
do Morumbi levou ao Parque
Antarctica 30 homens para fazer a segurança dos jogadores,
comissão técnica e dirigentes.
Para o principal jogo da rodada, o São Paulo, que normalmente trabalha com oito guarda-costas, reforçará a segurança. Deve levar 15 guarda-costas
ao estádio do rival paulista.
Apesar de ter reduzido o corpo de seguranças, o São Paulo
ainda teme o campo do adversário. A reportagem apurou
com a cúpula tricolor que alguns aspectos do Parque Antarctica (como a proximidade
entre a arquibancada e o gramado e a exposição dos jogadores no trajeto do ônibus até o
vestiário visitante) preocupam.
Outro temor, segundo um integrante da diretoria são-paulina, é com o vestiário, que será
bastante vigiado, principalmente do lado de fora.
O goleiro Rogério, jogador
mais assediado em todos os jogos do clube fora do Morumbi,
deverá receber cuidado especial por parte dos seguranças.
Apesar do estado de atenção,
as relações entre os clubes, que
estiveram estremecidas após o
episódio do gás, melhoraram.
"Eles serão tratados com toda a
fidalguia", diz Fernando Pizzo,
assessor da presidência do Palmeiras. Segundo ele, um "confortável camarote" será reservado à diretoria do rival.
O "cachimbo da paz" entre os
clubes foi aceso pelo presidente
são-paulino, Juvenal Juvêncio,
que enviou carta ao colega palmeirense Affonso della Monica
apoiando a realização do jogo
no Parque Antarctica, conforme revelou a Folha.
A atitude foi determinante
para o agendamento do clássico para o estádio palmeirense.
Os dois clubes chegam para
essa partida separados por dois
pontos. O Palmeiras é o vice-líder, com 54 pontos, e o São
Paulo soma só dois a menos.
O técnico Muricy Ramalho
disse que não vai permitir que
se fale em assuntos extracampo durante a semana, especialmente do episódio do gás no
vestiário. "A imprensa tem é
que parar com esse assunto de
gás. Quando começarem a falar
isso de novo, eu vou cortar.
Tem que falar é de futebol",
afirmou o treinador que, no entanto, deu relevância ao fato.
"Foi um irresponsável que fez
aquilo. Só não pode é acontecer
de novo. Aí não dá", concluiu.
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