|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Barrichello prolonga carreira na F-1
Piloto já tem contrato assinado com a Williams para a próxima temporada e terá novato como companheiro de equipe
Assim como na Brawn GP, brasileiro receberá bônus por pontos, mas seu salário fixo será cerca de quatro vezes maior do que o atual
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo que não consiga levar
a disputa pelo título da F-1 para
a última etapa, em Abu Dhabi, e
veja Jenson Button conquistar
o Mundial em Interlagos, no
domingo, Rubens Barrichello
já tem motivos para festejar.
A Folha apurou que o piloto
brasileiro, que hoje está na
Brawn GP, já assinou contrato
com a Williams para a temporada de 2010, com opção -das
duas partes- de prolongar o
acordo por mais um ano.
Seu companheiro no novo time será o alemão Nico Hulkenberg, 22, que é o atual piloto de
testes da própria Williams.
Neste ano, ele conquistou o título da GP2, categoria de acesso à F-1. Campeão também da
F-BMW alemã e da F-3 europeia, o alemão é empresariado
por Willi Weber, que também
cuidou da carreira do heptacampeão Michael Schumacher.
O namoro entre Barrichello
e a equipe inglesa começou no
início do ano, mais especificamente no GP da Espanha. Com
seu parceiro na Brawn GP tendo vencido duas das três primeiras corridas do Mundial,
em Barcelona, o piloto foi avisado por um jornalista inglês
de que um time queria lhe oferecer uma vaga para 2010. Era
a equipe de Frank Williams.
As conversas então tiveram
início e, logo após vencer sua
segunda corrida no ano, em
Monza, Barrichello viajou para
Oxford, na Inglaterra, para visitar a fábrica da escuderia.
Naquele domingo, 13 de setembro, o piloto encontrou-se
com dirigentes da Williams para acertar os últimos detalhes
do contrato e fazer o molde de
seu banco para que os engenheiros pudessem começar a
trabalhar no modelo de 2010 já
com as medidas do brasileiro.
Assim como aconteceu nesta
temporada, quando seu contrato com a Brawn previa bônus por pontos, o mesmo acontecerá na nova equipe. Barrichello ganhará ainda bonificações por vitórias. A base do
acordo, porém, é bem maior
que a deste ano. Com salário fixo, estima-se que o brasileiro
tenha recebido US$ 2 milhões
em 2009. Para a temporada
que vem, esse valor deve ser
cerca de quatro vezes maior.
Apesar de o acerto ter sido
definido há mais de um mês, o
anúncio oficial só deve ocorrer
após o GP Brasil ou, caso Barrichello faça cinco pontos a mais
que Button em São Paulo e adie
a definição do Mundial de Pilotos para a etapa nos Emirados
Árabes (que será no dia 1º de
novembro), depois disso.
Há alguns motivos para isso.
O primeiro é o fato de a Williams ainda não ter fechado
seu fornecedor de motores para 2010. O time, que atualmente usa os propulsores da Toyota, negocia com Renault e Cosworth para o próximo ano. A
probabilidade maior é que a segunda opção seja a escolhida.
O outro motivo é tentar não
interferir na disputa pelo título
deste ano. Como Barrichello
luta diretamente com seu parceiro de equipe, a confirmação
oficial de sua saída da Brawn
poderia fazer com que o time
passasse a priorizar Button.
O inglês, aliás, ainda não
acertou sua permanência na
equipe em 2010. O principal
ponto de discórdia é o salário.
Button, que neste ano reduziu
em um terço seus ganhos, quer
voltar ao patamar anterior, o
que desagrada a Ross Brawn,
o chefe da escuderia.
Texto Anterior: Juca Kfouri: Está faltando alguma coisa Próximo Texto: Estatística: Piloto deve bater marca de 300 GPs Índice
|