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Proposta do banco ainda é inédita no país
da Sucursal do Rio
A proposta do Opportunity para
o futebol não é de co-gestão (tipo
Palmeiras-Parmalat) ou de patrocínio (como Corinthians-Excel).
O banco quer comprar e gerenciar os departamentos de futebol
profissional dos clubes e faturar
com rendas, patrocínios (o Opportunity não quer anunciar seu
nome nas camisas), publicidade
com a imagem dos jogadores, material esportivo, direitos de TV etc.
Caberá ao novo dono contratar
jogadores. Por isso, em tese, as
empresas investirão pesado para
fortalecer a marca do clube.
Os clubes que venderem seus departamentos de futebol devem ter
participação no novo negócio,
além de receber mais de US$ 100
milhões, no caso dos grandes.
Na Inglaterra, no sistema de clube-empresa, um técnico foi demitido para que as ações não caíssem
na Bolsa de Valores.
Luís Demarco e Elena Landau
avaliam negócios, indicam a compra e fazem as propostas finais para aprovação dos sócios majoritários, Daniel Dantas e Pérsio Arida,
e as empresas cujos recursos são
administrados pelo banco.
A Folha apurou que, apesar da
negativa da direção do São Paulo à
proposta feita por Luís Demarco,
então no Garantia, o Opportunity
tem esperança de fechar o negócio.
No Rio, o banco está negociando
com Flamengo e Botafogo. Até
agora, porém, quer investir em
apenas um time por praça.
Embora o Botafogo esteja otimista, hoje o Flamengo tem mais
chances, porque seus principais
dirigentes e mesmo a oposição
apóiam a idéia. Torcedora do Botafogo desde criança, capaz de escalar times de memória, Elena
Landau não impõe escolha.
O Opportunity tem negociado
com um dos mais populares clubes
do Nordeste, o Bahia. Segundo dirigentes, o baiano Daniel Dantas,
um dos controladores do banco,
pode ir a Salvador fechar o acordo.
"O clube-empresa, em vez de viver da venda de jogadores, vai buscar os ídolos de volta no exterior.
O Brasil será o grande palco do futebol mundial, a NBA do futebol",
diz Luís Demarco.
Ele e Elena Landau afirmam que
o plano do banco não depende do
destino do projeto Pelé no Congresso Nacional, mas que uma lei
pró-clube-empresa pode ter impacto no mercado.
(MM)
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