|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Treinador do clube do interior manteve invencibilidade da equipe sob seu comando e evitou rebaixamento
Técnico revela tática que salvou Guarani
da Folha Campinas
O técnico Oswaldo Alvarez, o
Vadão, do Guarani, disse ontem
que atribui a virada da equipe no
Campeonato Brasileiro ao equilíbrio emocional do grupo.
"Encontrei a equipe muito tensa
e tive que contornar essa situação
estimulando os jogadores", disse o
técnico.
Vadão assumiu a equipe em antepenúltimo lugar há cinco rodadas do final do campeonato.
Com três vitórias -Grêmio,
União e o líder Vasco -e dois empates -Sport e Juventude-, o
técnico conseguiu se manter invicto e fugir do rebaixamento.
De acordo com o treinador, a
"grande virada" do Guarani aconteceu na goleada de 4 a 1 imposta
ao Grêmio em pleno estádio Olímpico, no dia 2 de novembro.
"Depois que empatamos com o
Juventude em casa não podíamos
mais perder nenhum jogo. A partir
disso, o grupo se fechou", explica
Vadão.
Segundo o técnico, a "mobilização" do presidente Luiz Roberto
Zini contra as más arbitragens ajudou a equipe.
"Depois que ele foi ao Rio de Janeiro, os juízes passaram a apitar
melhor", disse. De acordo com
Vadão, a equipe vinha sendo prejudicada por arbitragens ruins.
A situação do presidente do Guarani, que disse pretender deixar a
equipe, é considerada por Vadão
como fundamental para sua permanência na equipe.
"Acredito que, com a poeira
baixando, o Beto Zini ponha a cabeça no lugar e desista de sair."
Mogi Mirim
O técnico Vadão foi contratado
para o lugar de Lula Pereira, que
pediu demissão após a derrota por
3 a 2 para o Santos, no dia 11 do
mês passado.
Vadão deixou o Mogi Mirim,
que foi rebaixado da Série B para a
C do Brasileiro, a uma rodada do
final da fase de classificação.
A cinco jogos do final da participação no Campeonato Brasileiro,
o Guarani tinha 17 pontos e estava
na antepenúltima posição.
Segundo Vadão, ele nunca havia
enfrentado uma situação semelhante em sua carreira, de tentar
evitar uma equipe de ser rebaixada, em tão curto período de tempo. "Foi um grande desafio, que
só foi alcançado com a união de todo o grupo desde a diretoria até os
jogadores, passando pela comissão técnica", disse.
De acordo com o técnico, os jogadores emprestados devem ser
devolvidos.
Quatro atletas do Mogi Mirim
-o zagueiro Luís Cláudio, o meia
Moreno e os atacantes Marcão e
Samuel, além do volante Mineiro,
do Rio Branco, estão nessa situação. "Depois podemos negociar
com os clubes novamente", disse.
O atacante Aílton foi vendido para o Tigre, equipe do México, por
R$ 2,5 milhões.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|