São Paulo, quarta, 12 de novembro de 1997.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Treinador do clube do interior manteve invencibilidade da equipe sob seu comando e evitou rebaixamento
Técnico revela tática que salvou Guarani

da Folha Campinas

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, do Guarani, disse ontem que atribui a virada da equipe no Campeonato Brasileiro ao equilíbrio emocional do grupo.
"Encontrei a equipe muito tensa e tive que contornar essa situação estimulando os jogadores", disse o técnico.
Vadão assumiu a equipe em antepenúltimo lugar há cinco rodadas do final do campeonato.
Com três vitórias -Grêmio, União e o líder Vasco -e dois empates -Sport e Juventude-, o técnico conseguiu se manter invicto e fugir do rebaixamento.
De acordo com o treinador, a "grande virada" do Guarani aconteceu na goleada de 4 a 1 imposta ao Grêmio em pleno estádio Olímpico, no dia 2 de novembro.
"Depois que empatamos com o Juventude em casa não podíamos mais perder nenhum jogo. A partir disso, o grupo se fechou", explica Vadão.
Segundo o técnico, a "mobilização" do presidente Luiz Roberto Zini contra as más arbitragens ajudou a equipe.
"Depois que ele foi ao Rio de Janeiro, os juízes passaram a apitar melhor", disse. De acordo com Vadão, a equipe vinha sendo prejudicada por arbitragens ruins.
A situação do presidente do Guarani, que disse pretender deixar a equipe, é considerada por Vadão como fundamental para sua permanência na equipe.
"Acredito que, com a poeira baixando, o Beto Zini ponha a cabeça no lugar e desista de sair."
Mogi Mirim
O técnico Vadão foi contratado para o lugar de Lula Pereira, que pediu demissão após a derrota por 3 a 2 para o Santos, no dia 11 do mês passado.
Vadão deixou o Mogi Mirim, que foi rebaixado da Série B para a C do Brasileiro, a uma rodada do final da fase de classificação.
A cinco jogos do final da participação no Campeonato Brasileiro, o Guarani tinha 17 pontos e estava na antepenúltima posição.
Segundo Vadão, ele nunca havia enfrentado uma situação semelhante em sua carreira, de tentar evitar uma equipe de ser rebaixada, em tão curto período de tempo. "Foi um grande desafio, que só foi alcançado com a união de todo o grupo desde a diretoria até os jogadores, passando pela comissão técnica", disse.
De acordo com o técnico, os jogadores emprestados devem ser devolvidos.
Quatro atletas do Mogi Mirim -o zagueiro Luís Cláudio, o meia Moreno e os atacantes Marcão e Samuel, além do volante Mineiro, do Rio Branco, estão nessa situação. "Depois podemos negociar com os clubes novamente", disse.
O atacante Aílton foi vendido para o Tigre, equipe do México, por R$ 2,5 milhões.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.