São Paulo, quarta, 12 de novembro de 1997.



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TÊNIS
Algumas opiniões

THALES DE MENEZES

"Acho que já é o exemplo de um tenista do futuro. Tem o físico perfeito, a altura certa, gosta de jogar agressivo o tempo todo. Ele tem jogo para ser um dos dez melhores por muito tempo." (Pete Sampras, falando sobre Gustavo Kuerten) "Existem jogadores que jogam bem, uns mais que outros, mas Kuerten tem aqueles momentos de brilho intenso. Um campeão é feito de muitos momentos desses." (Stan Smith, ex-campeão de Wimbledon)
"Não me sentia desse jeito desde que perdi um terceiro set para Pete Sampras em Nova York, há alguns anos. Você fica impotente, sentindo que de nada adianta jogar o seu melhor tênis, correr mais do que as pernas podem. O cara do outro lado da rede acerta tudo, e cada ponto vencido parece dar mais força a ele. Sinto muito, foi uma das derrotas mais contundentes que sofri em minha carreira." (Michael Chang, depois de perder para Kuerten)
"Kuerten é um jogador fantástico. Tem jogo de campeão, tem carisma de campeão. Não falta nada." (Guillermo Vilas) "Ele está imbatível aqui. E o saque dele não é grande coisa. Quando Kuerten passar a sacar bem, ninguém vai poder medir forças com ele." (Andrei Medvedev, depois de perder para Kuerten em Roland Garros) "É claro que existem jogadores que me preocupam mais do que outros. Sampras, lógico, Chang, Rafter, Kafelnikov, Kuerten... Esses sobram da turma, são aqueles que conseguem me surpreender dentro da quadra." (Thomas Muster)
"Não me sinto mal por perder a final de Roland Garros para Kuerten. Sei que não serei o único." (Sergi Bruguera) "Conseguir a adaptação a outros pisos de quadra não é grande coisa. Kuerten tem potencial para isso. Ninguém ganha um torneio de Grand Slam por acaso." (Bjorn Borg)
Bom, depois de tudo isso, ainda faz sentido perguntar se Gustavo Kuerten é mesmo bom?

NOTAS

Apenas humanos
A derrota pavorosa de Pete Sampras na abertura da Copa do Mundo parece um daqueles avisos divinos para que a humanidade não esqueça de seus defeitos. O melhor tenista do mundo fez um jogo péssimo, talvez o pior desde sua entrada nos "top ten". O espanhol Carlos Moyá, que também não jogou lá essas coisas -mas esse é o seu estado natural-, só devolveu a bola até Sampras errar. Definitivamente, um dia no inferno para o número um.

O melhor da classe
Patrick Rafter, Gustavo Kuerten e Greg Rusedski podem ter feito mais alarde, mas já há um consenso: a ascensão mais sólida desta temporada é a do sueco Jonas Bjorkman. Ele só precisa provar no próximo ano que também pode ir bem num torneio de Grand Slam.

Uma pergunta
Só curiosidade: um dia a CBT vai aproveitar a experiência e a sabedoria de Thomaz Koch?



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