DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL

Herdeiro da gestão Eduardo José Farah, o advogado Marco Polo Del Nero disse que a Federação Paulista não reconhece a sonegação do imposto e que já recorreu, em esfera administrativa, da decisão da Receita.
"Isso está no nosso departamento jurídico. Há controvérsia sobre a dívida. A autuação é relativa. Vamos discutir. Quando ficar decidido que vamos pagar, se ficar decidido, vamos acatar", disse o presidente da FPF.
Del Nero citou um processo de investigação sobre as contas de pessoa física de Farah para justificar sua afirmação. "O caso do nosso ex-presidente é uma prova disso. Ele teve problemas, foi autuado, e nós discutimos. Ganhamos em todas as instâncias", afirmou o mandatário da FPF, que advoga para o antecessor.
Em sua defesa na Receita, a FPF argumenta que os depósitos na conta de Farah não eram relativos a pagamento de salários -o que significaria que a entidade seguia sendo uma associação privada sem finas lucrativos, à época isenta do recolhimento de Imposto de Renda.
A Folha tentou entrar em contato com Farah durante a tarde de ontem, mas ele não foi localizado para comentar a autuação milionária.
Quando o grupo de auditores fiscais começou a trabalhar na sede da FPF, há um ano, o cartola negou que a entidade que dirigia sonegava imposto. "[A Receita] pode investigar à vontade porque as contas estão todas em ordem", disse Farah.
Também procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Receita Federal de São Paulo argumentou que não se manifestaria porque a divulgação comprometeria o sigilo fiscal dos envolvidos. (FM E MR)


Texto Anterior: Receita autua em R$ 4 mi a gestão de Farah na FPF
Próximo Texto: Entidade tem prejuízo mesmo com "grandes"
Índice